Ficou para trás o tempo que o pole dance era relacionado a erotismo ou sexualidade. é o que defende Vanessa Costa, professora, atleta e uma das pioneiras da modalidade no Brasil. "O pole é muito mais do que isso. É um excelente exercício", defende.

Com acrobacias e técnicas de ginástica, prática de pole dance atrai crianças

Pole dance trabalha força, concentração, flexibilidade e mexe com todo o corpo
Divulgação/Diego Tavor
Pole dance trabalha força, concentração, flexibilidade e mexe com todo o corpo


De acordo com Vanessa, o pole dance trabalha todo o corpo e é uma atividade completa. "Não precisa de mais nenhum exercício complementar. Até as mulheres malhadoras, que gostam de academia e musculação, quando começam e veem os resultados, acabam trocando e a modalidade vira a atividade principal", comenta.

Benefícios do pole dance

A atividade mistura danças e acrobacias. Com isso, segundo a professora, mexe com o lado lúdico dos alunos. Também convida os alunos a se desafiarem e superarem medos e limites para realizar as acrobacias na barra .

Para o corpo, os primeiros resultados aparecem nos membros superiores. Para quem busca braços durinhos e bem definidos, é a atividade ideal. "Os músculos dos membros superiores são fortalecidos muito rapidamente porque, na maior parte o tempo, o que sustenta o corpo são os braços. Tenho aluna que fala que com um mês ou dois de aula já consegue usar regatas. Os ombros também ficam bem definidos", detalha Vanessa.

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Segundo Vanessa (foto), a aula sempre apresenta um desafio novo, com uma acrobacia diferente
Divulgação/Diego Tavor
Segundo Vanessa (foto), a aula sempre apresenta um desafio novo, com uma acrobacia diferente


A profissional ainda cita que aquela dobrinha nos flancos (região das costas e o abdômen) também logo diminuem com a modalidade.

Além disso, a atividade fortalece o core (região do abdômen e lombar). "Uma vez que o core está bem trabalhado, há menos reclamações sobre dores nas costas, daquelas que você sente depois de um dia inteiro de trabalho sentado e pela má postura. Há uma melhora significativa nesse aspecto", afirma a professora. E com o core fortalecido também se trabalha glúteos, pernas e abdômen.

A aula é dinâmica e em uma hora de atividade estima-se que sejam queimadas 500 calorias . A prática começa com um aquecimento básico, que pode ser um pouco de balé ou funcional, depois parte para a etapa que trabalha a flexibilidade e a força. Aí é o momento de se arriscar (e se divertir) na barra. "Desde a primeira aula o aluno já vai para a barra", garante a professora. "Mas a aluna pode virar e falar que não tem força nos braços. só que não tem muito a ver com a força e, sim, com consciência corporal e grau de concentração. Subir na barra todo mundo consegue", completa.

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"E na barra começam a ser desenvolvidas as acrobacias . Começa com giros, que conta com a sustentação do corpo e exige dos membros superiores. Com o tempo, aumenta a dificuldade e são feitas as postura isométricas (pose na barra). Para se sustenta, todo o corpo é exigido, por isso ganha tônus muscular".

No final, o aluno ganha flexibilidade, consciência corporal, força e um corpo definido.


Quem pode fazer?

Segundo Vanessa, até homens estão procurando o pole dance. "Principalmente aqueles que curtem calestenia, atividades ligadas a natureza e que trabalham com o peso do próprio corpo".

Qualquer biotipo também é bem-vindo. Aos poucos, com a prática, a flexibilidade aparece e há o ganho de força. Não é necessária uma vivência prévia com algum tipo de dança ou acrobacias. "É uma atividade individualizada. É você e sua barra, no seu ritmo. Dia após dia você vai construir o seu corpo com o pole", fala a professora.

Para quem quer começar, o indicado é uma aula por semana, já que o atrito do barra com o corpo pode machucar. Alunos avançados podem fazer duas ou três vezes na semana. E, como em todo exercício, é indicado passar por uma avaliação antes de começar. Se tiver alguma lesão ou restrição, é possível adaptar o movimento para aquele aluno.

Modalidade das famosas

O exercício já conquistou diversas famosas. As atrizes Giovanna Ewbank , Monique Alfradique e Luma Costa já fizeram aulas com Vanessa. Logo depois das Olimpíadas do Rio, a ginasta Jade Barbosa se divertiu com as acrobacias no estúdio.


O pole dance também conquista pelo desafio. Cada aula pode ser feita uma acrobacia nova e não há monotonia. E tantas acrobacias já levaram a modalidade para palcos  espetáculos. O Cirque du Soleil, como lembra a professora, em tem um número inteiro com as barras. É uma atividade que mistura arte e força e para todos.

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