
Os perfumes florais são a essência da estação mais cheirosa do ano! Leves, frescos e cheios de energia, as fragrâncias trazem uma sensação agradável que combina com os momentos ao ar livre. Ideais para quem busca elegância, elas destacam a feminilidade e o romantismo. Pensando nisso, O Botocário lançou o Floratta Rose Bouquet. A fragrância foi desenvolvida com o método Green In, uma tecnologia própria capaz de reproduzir composições olfativas mais puras extraídas de rosas cultivadas em um jardim próprio, localizado dentro do Quintana, o espaço dedicado à pesquisa e inovação, em São José dos Pinhais (PR).
A inovação combina análise molecular e sustentabilidade para traduzir o aroma natural de flores vivas em composições olfativas mais puras e fiéis à natureza. A tática, baseada na ferramenta Headspace (microextração em fase sólida), captura moléculas diretamente das flores sem danificá-las, e as analisa por meio de cromatografia gasosa, um processo que permite identificar o “DNA” olfativo de cada espécie.
“A técnica reflete nosso olhar para o futuro, em que ciência e natureza coexistem para criar experiências únicas e responsáveis”, afirmou o diretor de pesquisa e desenvolvimento, Gustavo Dieamant.
Com base nesse mapeamento, o perfumista da marca, Cesar Veiga, desenvolveu novos acordes utilizando o chamado nariz digital, uma ferramenta capaz de identificar e reproduzir moléculas aromáticas com alta precisão. Há seis anos, o dispositivo tem contribuído para a criação de mais de 100 fragrâncias reforçando a inovação na perfumaria.

“O perfumista é como se fosse um pintor. Se a gente misturar todas as cores, vai dar o cinza. Então, tem que ter a sensibilidade do que usar e em que momento usar. Cada ingrediente precisa ser estudado para saber o momento certo de usar. Essa complexidade é muito isso, é a sensibilidade do perfumista em entender a combinação”. Veiga ainda detalha: “A rosa tem mais de 800 componentes dentro dela. Ela é um perfume da natureza. Preciso estudar e ver qual ingrediente quero dar. E saber juntar de forma harmônica”.
Mais do que criar fragrâncias, o trabalho envolve traduzir emoções e sensações em acordes únicos. “A natureza fala e que a ciência é o que nos permite escutá-la. E por isso, o nosso desafio foi traduzir o perfume da rosa viva não apenas o seu cheiro, mas o instante em que ela respira. A técnica Green In nos permitiu captar esse momento e transformá-lo em um acorde que carrega o frescor e a emoção do natural”, destaca.
A extração das moléculas aromáticas que deram origem à nova fragrância foi realizada diretamente a partir de flores vivas, capturando nuances autênticas e sutis que não podem ser reproduzidas por técnicas convencionais. O resultado é um acorde que combina a intensidade da gardênia com a suavidade da rosa, refletindo o DNA da marca e expressando o romantismo e o encanto do universo feminino.
“Todo projeto nasce de um desafio para te tirar da zona de conforto e instigar descobertas. Eu fui a fundo e me perguntei: qual o cheiro tem uma rosa no Brasil? Onde ela tem o melhor perfume. Todo esse processo exige muita pesquisa, não é ao acaso. É ir em campo, cheirar, recheirar, captar o cheiro, vir para dentro do laboratório, estudar o aroma. E assim a gente vai trabalhando com essa questão de descoberta, curiosidade e liberdade criativa. Isso é arte”, concluiu.
“Acreditamos que a natureza fala e que a ciência é o que nos permite escutá-la. E por isso, o nosso desafio foi traduzir o perfume da rosa viva, não apenas o seu cheiro, mas o instante em que ela respira. A técnica Green In nos permitiu captar esse momento e transformá-lo em um acorde que carrega o frescor e a emoção do natural”, destacou.
Consumo de perfume no Brasil

O Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de consumo de fragrâncias, com 78% da população utilizando esses produtos. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmético (Abihpec), em levantamento divulgado pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), reforçando a paixão nacional em perfumes e aromas marcantes.
A estatística não é surpresa. De acordo o especialista, o apreço dos brasileiros por fragrâncias tem raízes profundas em sua tradição. “Existe uma diferença cultural. Nós temos uma formação indígena muito ligada a banho, cheiro, e ervas. Temos uma formação africana, que também tem seus rituais de limpezas, ervas e certos aromáticos e a portuguesa que trouxe a perfumaria da Europa para o Brasil. Essa é a grande miscelânea que a gente tem na perfumaria brasileira. Culturalmente a gente nasce já cheiroso e nesse contexto”, explica Cesar Veiga.
Mais do que um hábito, o aroma também é uma forma de expressão pessoal. “O perfume é relacional. Ele é social. Quando nos perguntam: ‘Qual perfume está usando?’, isso mexe com a nossa autoestima. [Significa que] você acertou naquilo. É uma identidade e o brasileiro tem muito isso de prezar por essa identidade olfativa”, finaliza.

