Mulher atacada em elevador revela necessidade de nova cirurgia
Reprodução/Instagram/@julianagarcia.br
Mulher atacada em elevador revela necessidade de nova cirurgia

Juliana Garcia, 35 anos, que foi brutalmente espancada pelo ex-companheiro dentro de um elevador em Natal (RN), quebrou o silêncio e usou as redes sociais para relatar detalhes sobre o relacionamento marcado por violência . A vítima afirmou que a relação com o ex-jogador de basquete, de 29 anos, fazia parte do chamado “ ciclo de abusos ” — dinâmica em que períodos de violência se alternam com fases de aparente tranquilidade .

*Esta reportagem aborda violência física e agressão contra mulheres, incluindo detalhes de ataque.

O ataque aconteceu em 26 de julho, no condomínio onde Juliana morava, no bairro de Ponta Negra. Em apenas 36 segundos, ela foi atingida por 61 socos , segundo imagens registradas pelas câmeras de segurança do prédio. A agressão foi classificada pela polícia como tentativa de feminicídio . O suspeito foi preso e está atualmente custodiado na Cadeia Pública do Rio Grande do Norte.

Relato nas redes sociais

Juliana abriu uma caixa de perguntas no Instagram para responder dúvidas dos seguidores. Um internauta quis saber por que ela havia mantido o relacionamento mesmo percebendo sinais de violência. A resposta veio acompanhada de uma reflexão sobre a realidade enfrentada por milhares de mulheres.

“Existe algo chamado ciclo de abuso. Esse tipo de relacionamento não é ruim o tempo todo. Se fosse, ninguém ficaria. Existem mulheres em várias classes sociais que permanecem nesse tipo de relação. Quem não entende isso precisa, ao menos, ter respeito e empatia”, escreveu.

A vítima também contou que precisará passar por uma  nova cirurgia para corrigir o desvio de septo agravado pela agressão .

“Já sei da necessidade do procedimento, mas só poderei realizar em seis meses”, explicou.

Fé e sobrevivência

Outra pergunta feita pelos seguidores foi se Juliana chegou a perder a consciência durante o espancamento.

Ela negou: “Em momento nenhum eu desmaiei. Foi Deus que cuidou de mim o tempo todo, com certeza”.

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