Como você reage sob pressão ? O que sente quando alguém grita com você em um ambiente profissional? E como dar um feedback difícil de forma respeitosa?
Essas e outras situações do cotidiano corporativo são enfrentadas na prática por meio de um método inovador trazido ao Brasil por Mitzi Evelyn e Juliana Pflaumer, fundadoras da Interaction Experience.
A dupla foi entrevistada nesta segunda-feira (14) no programa Se Lig, onde explicou como a proposta funciona: por meio de simulações com atores profissionais, os participantes vivenciam situações reais de trabalho e aprendem a se comunicar melhor, desenvolver empatia e promover ambientes mais colaborativos.
Durante a entrevista, as empresárias deram exemplos práticos de como funcionam os treinamentos, encenando situações do dia a dia corporativo e mostrando os dois lados de uma mesma cena, antes e depois de receber feedbacks.
Com isso, demonstraram como pequenas mudanças de postura, escuta e comunicação podem transformar completamente uma interação no ambiente de trabalho.
“Queremos que os colaboradores se sintam confortáveis. Eles vão ser eles mesmos, com a oportunidade de se observar, se questionar e aprender. Quem improvisa são os atores, reagindo às interações de forma espontânea, como num cenário real”, contaram.
A Interaction Experience é baseada em uma metodologia criada no Reino Unido e já aplicada em diversos países da Europa . No Brasil, o modelo foi adaptado por Mitzi e Juliana com foco nas necessidades do mercado nacional.
As ações envolvem treinamentos imersivos, escuta ativa e técnicas teatrais, como o Teatro Fórum, em que os participantes encenam uma situação, recebem feedbacks e têm a oportunidade de refazer a cena, testando ao vivo novas abordagens com os atores.
“Trabalhamos com questões como: se alguém está gritando com você, como você reage? Como seu corpo responde? Como você se comporta sob pressão? Tudo isso é vivenciado com apoio de profissionais preparados” , explicam.
A proposta da Interaction Experience vai além do treinamento pontual. As fundadoras realizam diagnósticos prévios e acompanhamentos posteriores, para avaliar os impactos ao longo do tempo.
“O comportamento não muda de um dia para o outro. A transformação é construída aos poucos, com acompanhamento e prática”, afirmam.
Elas também destacam a importância de resgatar o diálogo nas relações profissionais e humanas:
“Em algum momento, nós paramos de nos ouvir. E agora estamos aqui para trazer isso de volta: nos ouvir, sentar à mesa e escutar um ao outro”, enfatiza Juliana .
A iniciativa também dialoga com uma nova exigência que deve impactar o mundo corporativo nos próximos anos: o cuidado com os colaboradores.
“A partir do ano que vem, as empresas precisarão comprovar que estão cuidando do bem-estar dos seus funcionários. Nosso trabalho antecipa essa necessidade”, reforça.
A Interaction Experience está consolidando seu espaço no Brasil como referência em treinamentos corporativos transformadores, onde a escuta, o improviso e a conexão são os principais protagonistas.