
O desejo de ser levada mais a sério pelos médicos após um diagnóstico de fibromialgia levou Aimee Chapman a experimentar o Mounjaro, um medicamento injetável para obesidade e diabetes tipo 2, devido ao efeito colateral de perda de peso. No entanto, o que começou como uma solução promissora se transformou em um pesadelo médico, com consequências que quase lhe custaram a vida. As informações são do Daily Mail.
A ex-garçonete adquiriu o medicamento em uma farmácia online em março de 2024 e, em quatro meses, perdeu 18 kg. Mas, após alguns meses, sua saúde começou a deteriorar-se drasticamente.
Sintomas alarmantes e internação de emergência
Chapman relatou fadiga extrema, vômitos frequentes – inclusive com sangue – e desmaios.
"Eu não conseguia andar sem parar para descansar. Cheguei a vomitar mais de 50 vezes em um curto período" , contou.
Em julho de 2024, dores no peito a levaram ao hospital, onde os médicos descobriram um orifício em seu esôfago, permitindo que ar se acumulasse ao redor de seus pulmões e coração. Sua pressão arterial e níveis de potássio despencaram, exigindo internação imediata na UTI.
Pouco depois, foi transferida para outro hospital, onde os médicos detectaram insuficiência hepática, cogitando até a necessidade de um transplante.
"Eles disseram que o medicamento era a causa, mas não sabiam como reverter" , relatou Chapman.
Queda de cabelo e deficiências nutricionais
Mesmo após a alta, novos problemas surgiram. Em setembro, seu cabelo começou a cair em grandes quantidades. Exames revelaram uma grave deficiência de vitamina B12, comum em casos de perda de peso acelerada.
"Foi devastador. Meu cabelo era parte da minha identidade", desabafou.
Alertas e recomendações
Aimee Chapman, que hoje se recupera, expressa arrependimento por ter usado o medicamento sem acompanhamento médico adequado.
"Não quero proibir ninguém, mas é essencial consultar um médico e fazer exames regulares", alertou.
Posição da fabricante
A Eli Lilly, responsável pelo Mounjaro, afirmou em nota que a segurança dos pacientes é prioritária e que monitora continuamente os efeitos de seus medicamentos. A empresa recomenda que qualquer reação adversa seja comunicada a um profissional de saúde.
Especialistas reforçam cautela
Médicos alertam que, embora medicamentos como Mounjaro e Ozempic sejam eficazes, eles exigem supervisão rigorosa. Complicações como pancreatite, lesões hepáticas e perfurações gastrointestinais, embora raras, podem ser graves.
Enquanto busca reconstruir sua saúde, Aimee Chapman espera que seu caso sirva de alerta para quem considera tratamentos de perda de peso sem orientação profissional.
"Tudo aconteceu muito rápido. Eu poderia ter morrido", finalizou.