
Teve início o aguardado julgamento do rapper Sean Combs, conhecido como P. Diddy, nos Estados Unidos. O artista enfrenta mais de 120 denúncias, incluindo acusações de assédio sexual, estupro, tráfico de pessoas, extorsão e coerção. Os primeiros depoimentos estão marcados para o dia 12 de maio.
Diddy, que se declara inocente, está detido desde setembro de 2024 no Centro de Detenção Metropolitano do Brooklyn. Se condenado, poderá receber pena perpétua. Seu advogado, Marc Agnifilo, criticou a promotoria, classificando as acusações como "falhas" e as condições da prisão como "desumanas".
As investigações ganharam força em novembro de 2023, quando a cantora Cassie Ventura, ex-namorada do rapper, acusou-o de agressões físicas, estupro e tráfico sexual. Desde então, dezenas de outras vítimas apresentaram queixas, incluindo homens e mulheres.
Um vídeo vazado em 2024 mostrou Diddy agredindo Cassie em um hotel em 2016. O rapper chegou a admitir o ato em um vídeo posteriormente deletado, afirmando: "Assumo total responsabilidade. Fiquei enojado quando fiz isso."
Em março de 2024, agentes do Departamento de Segurança Nacional apreenderam vídeos e objetos em buscas na casa do artista em Los Angeles. As imagens mostrariam abusos sexuais em festas promovidas por ele, as chamadas "freak-offs", descritas como maratonas sexuais com uso de drogas como GHB e cetamina.
Em setembro de 2024, Diddy foi condenado a pagar US$ 100 milhões ao presidiário Derrick Lee Cardello-Smith, que o acusou de estupro em 1997. Dias depois, foi preso por autoridades federais.
O caso inspirou o documentário "Diddy: Como Nasce um Bad Boy", lançado em abril de 2025, com depoimentos de vítimas e detalhes sobre a ascensão e queda do magnata da música.
O julgamento, que deve se estender por semanas, é considerado um dos maiores escândalos criminais da indústria do entretenimento.