Mariana Rios
Reprodução/Instagram
Mariana Rios

A atriz e influenciadora digital  Mariana Rios  compartilhou nas redes sociais um emocionante relato sobre sua jornada para realizar o sonho da maternidade. Com franqueza, ela revelou os obstáculos enfrentados nos últimos dois anos, desde a descoberta de dificuldades para engravidar naturalmente até as tentativas frustradas de fertilização in vitro.

Há cinco anos, Mariana sofreu um aborto espontâneo, e desde então, sua trajetória tem sido marcada por altos e baixos. Aos 39 anos, ela optou pelo congelamento de óvulos, mas o processo não foi tão simples quanto esperava. "Eu tinha certeza de que seria mais fácil. Sou saudável, me cuido, não tenho vícios. Mas a vida me mostrou que nem tudo está no meu controle", desabafou.


Em seu depoimento, a atriz detalhou as etapas dolorosas do tratamento: injeções hormonais diárias, inchaço no corpo, ansiedade e a frustração de ver seus óvulos não atingirem a qualidade necessária para congelamento. Em uma das tentativas, dos 12 óvulos coletados, apenas um era viável. Em outra, nenhum. "Você começa a questionar: tem algo errado comigo? E agora?", confessou.

Apesar das adversidades, Mariana persistiu. Após mudar de médico e passar por novas coletas, conseguiu formar nove embriões. A alegria, porém, durou pouco: nenhum deles se desenvolveu como o esperado. "Tudo o que fiz até agora foi jogado fora. Voltei à estaca zero. E a vida me perguntou: 'Você aceita juntar seus caquinhos e recomeçar?'", refletiu.

Nesse momento delicado, o apoio da família foi essencial. Seu pai a questionou se ela desejava continuar tentando e reforçou que a decisão deveria ser apenas sua. "Isso me aliviou tanto. Me deu força quando eu mais precisei", disse.

A influenciadora finalizou com uma mensagem de resiliência: "O exercício da paciência me moldou. Hoje, me orgulho da mulher que estou me tornando, tijolinho por tijolinho".


O que fazer nesses casos?

A Fertilização In Vitro (FIV) é uma técnica avançada de reprodução assistida, mas sua eficácia não é absoluta. Conforme explica Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana e diretor da Clínica Mater Prime, em São Paulo, diversos elementos interferem no resultado do tratamento, sendo a qualidade embrionária um dos mais críticos. "Embriões de boa qualidade nem sempre se implantam, pois a seleção embrionária tem suas limitações. Quanto maior o número de óvulos disponíveis, maiores as chances de obter embriões viáveis e, consequentemente, de alcançar uma gestação bem-sucedida", destaca o médico ao iG.

Diante de uma tentativa sem sucesso, qual seria a melhor conduta? Rodrigo enfatiza que a persistência é fundamental. Segundo o especialista, não há um número máximo estabelecido de tentativas de FIV, já que os protocolos de estimulação ovariana não apresentam riscos significativos a longo prazo. No entanto, fatores individuais — como condições físicas, emocionais e financeiras — podem influenciar essa decisão, especialmente no Brasil, onde a maioria dos planos de saúde não cobre o procedimento e a disponibilidade no SUS é limitada.

Para otimizar os resultados, o médico recomenda adotar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de exercícios, abstinência de tabaco e álcool, além de suplementação adequada para evitar deficiências nutricionais. A escolha de uma clínica especializada e com tecnologia avançada também é crucial para aumentar as chances de sucesso.

Quando a idade avançada dos óvulos compromete a eficácia do tratamento, a doação de óvulos pode ser uma alternativa viável. "Essa abordagem eleva significativamente as taxas de sucesso", explica Rodrigo. Em casos de infertilidade masculina severa, a utilização de sêmen de doador pode ser indicada. Já em situações mais raras, como abortos recorrentes ou anomalias uterinas, a gestação de substituição (barriga solidária) pode ser a solução.

"Essas são as estratégias disponíveis na Medicina Reprodutiva para auxiliar casais a realizarem o sonho da parentalidade, seja com material genético próprio, gametas doados ou com o apoio de um útero de substituição", finaliza o especialista.

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