Marido de Gisèle Pelicot pode ter abusado de outras vítimas

Dominique foi condenado por drogar a esposa e convidar estranhos para estuprá-la

Gisèle Pelicot
Foto: Reprodução/redes sociais
Gisèle Pelicot

A Justiça francesa condenou, em dezembro de 2024, Dominique Pelicot a 20 anos de prisão por um crime chocante que marcou a opinião pública do país. Ele foi considerado culpado por drogar sua esposa, Gisèle , e permitir que dezenas de homens a estuprassem no quarto do casal entre 2011 e 2020. O caso atraiu atenção mundial e transformou Gisèle em um ícone feminista, sendo admirada por sua coragem diante da violência sofrida. Contudo, investigações sugerem que Pelicot possa ser um estuprador em série, com possíveis vítimas anteriores a Gisèle.

Durante o processo, surgiram novas revelações alarmantes. Pelicot, de 72 anos, foi confrontado com evidências de DNA que o ligavam a um caso de tentativa de estupro de uma jovem de 19 anos em 1999, em Paris. Após horas de interrogatório, Pelicot confessou ter drogado a vítima também. Além disso, ele está sendo investigado pelo assassinato de uma mulher em 1991, cujo caso tem características semelhantes aos abusos cometidos contra outras vítimas. Pelicot nega qualquer envolvimento nesse crime.


O modus operandi utilizado por Pelicot para cometer seus crimes é um padrão de violência e manipulação. As vítimas eram jovens corretoras de imóveis na região de Paris, e os detalhes dos crimes chamaram a atenção das autoridades. As investigações se aprofundaram quando, em 2022, os promotores o indiciaram por esses dois crimes com base na semelhança dos métodos utilizados. A polícia agora também investiga outros dois casos de 1995 e 2004, relacionados a vítimas com perfis semelhantes.

O histórico criminal de Pelicot começou a se desenhar em 2010, quando foi preso por filmar mulheres sem sua permissão em um shopping. Em 2020, cometeu o mesmo crime em um supermercado, sendo denunciado pelas vítimas. Esses incidentes acabaram levando a polícia a encontrar provas de sua ligação com os casos mais antigos, revelando a extensão de seus abusos.