Kellie-Jay Keen, também conhecida como Posie Parker, é uma figura que gerou intensos debates nos últimos anos devido à sua posição em relação aos direitos das mulheres e questões de gênero. Ela se descreve como uma ativista pelos direitos das mulheres, com foco em proteger os espaços e direitos reservados a elas.
Contudo, por reforçar e defender pessoas que são biologicamente mulheres, é rotulada como "anti-trans" por opositores devido às suas opiniões críticas à ideologia de gênero. Britânica, 50 anos de idade, pela primeira vez visitará a América do Sul, com uma estadia de uma semana no Rio de Janeiro.
Sábado (01), ela estará no Aterro do Flamengo, no gramado entre o Assado e o Monumento ao Estácio de Sá, a partir de 14h.
Durante a passagem, ela planeja sair às ruas para promover seu projeto "Let Women Speak" (“Deixe as Mulheres Falar”), que busca criar espaços onde mulheres possam expressar livremente suas experiências, opiniões e preocupações em relação a questões que as impactam diretamente.
O formato do projeto é aberto e participativo, permitindo que mulheres compartilhem histórias e dialoguem em público sobre temas sensíveis e, muitas vezes, controversos.
Por onde passa, causa...
Kellie-Jay Keen
Os eventos promovidos por Keen já foram realizados em diversos países, como Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido, entre 2023 e 2024, e geralmente com alguma controvérsia.
Houve protestos contrários, e não raros sob tensão e hostilidade. Na Austrália, por exemplo, sua participação em um evento foi erroneamente associada à presença de simpatizantes de ideologias extremistas, gerando grande repercussão na mídia.
Nova Zelândia, a violência nos protestos levou ao cancelamento do restante de sua turnê, com Keen afirmando que a segurança de mulheres e participantes não estava garantida.
Kellie-Jay KeenKeen-Minshull tem se destacado por sua oposição a várias políticas e proteções legais que garantem o reconhecimento de gênero de pessoas transgênero. Ela foi contra a Lei de Reconhecimento de Gênero no Reino Unido, a permissão para que pessoas trans usem banheiros públicos conforme sua identidade de gênero, e a participação de indivíduos trans em esportes de acordo com o gênero.
Além disso, é crítica ao uso de tratamentos como bloqueadores da puberdade e terapia hormonal para jovens trans, e tem se mostrado contrária à realização de apresentações de drag em ambientes acessíveis ao público infantil.
Em suas declarações, Keen-Minshull faz comparações polêmicas. Por exemplo, ao se referir à comunidade trans como um "culto pernicioso", e comparar pessoas trans a criminosos sexuais e assassinos em série.
Ela também exerce o cargo de conselheira especial na Frente de Libertação das Mulheres. No contexto de sua oposição à Lei de Reconhecimento de Gênero do Reino Unido , foi descrita pelo New Zealand Herald como uma "figura-chave" no movimento contrário à legislação.
Organizações como a Hope not Hate a caracterizam como uma líder no movimento anti-trans, associando-a também a grupos de extrema-direita.
