Samara Felippo abriu o coração durante uma participação no podcast Embrulha sem Roteiro, onde falou sobre as críticas que recebeu ao declarar que não gosta da função de ser mãe. Ela enfatizou que essa opinião não reflete falta de amor pelas duas filhas, Alicia, 14, e Lara, 9, mas sim uma crítica à sobrecarga emocional e social que recai sobre as mães.
"[Esse] é um discurso que tenho há mais de sete anos nas redes sociais e [as pessoas] não entendem a profundidade desse debate porque a sociedade não está preparada para falar sobre isso. A maternidade é casta, é santa, é sofrer, é a mãe abdicar, é o pai não estar presente, mesmo a mulher sendo casada", afirmou.
Samara destacou que a fala foi descontextualizada, o que levou muitas pessoas a julgarem sua postura. "Parece que eu odeio minhas filhas. Não é sobre isso. Filho realmente é algo sublime. Dou minha vida por elas, faço tudo, crio as duas sozinha há 15 anos", disse.
A atriz explicou que sua insatisfação está relacionada à idealização da maternidade e à pressão para atender a padrões sociais. "Quando eu falo de maternidade, [falo] da sobrecarga, da função. Não sou obrigada a gostar o tempo inteiro do que as pessoas querem que eu goste. Não sou obrigada a agir da forma como a minha mãe me educou", desabafou.
Samara também abordou os ataques que recebeu, principalmente de mulheres, muitas das quais consideram "filho uma bênção" e questionam quem reclama das dificuldades de ser mãe. Apesar disso, a atriz revelou que sua fala trouxe identificação e alívio para muitas mulheres. "Milhares de mulheres vieram [até mim] e falaram: 'Caramba, Samara, obrigada. Não estou me sentindo mais um monstro. Eu também senti a mesma coisa, não gostei de ficar grávida, não gostei disso, daquilo'. E está tudo bem, assim como está bem você não querer ter filho".