Fungos na pele? Saiba como identificar doenças que são mais frequentes no verão
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Fungos na pele? Saiba como identificar doenças que são mais frequentes no verão

Como diz a música, o verão é uma estação que convida o corpo a se expor mais: “a gente mostra o ombrim, a gente brinca no chão”. Pele mais à mostra, andar descalço, sentar no chão, “ai, que delícia o verão”. No entanto, junto com a diversão, a estação mais quente do ano traz consigo desafios para a saúde da pele, especialmente no que diz respeito às doenças fúngicas.

Segundo o Ministério da Saúde, o calor e a umidade são condições ideais para o crescimento de fungos, o que faz com que o verão seja a estação endêmica desse tipo de microorganismo. Com as altas temperaturas, o aumento da transpiração e o uso prolongado de roupas úmidas, forma-se um ambiente propício para a proliferação de fungos na pele, sobretudo em regiões inguinais, interdigitais, tronco e unhas. 

Alguns dos sinais de alerta são coceira e manchas, sejam vermelhas ou brancas, de acordo com o responsável técnico da rede AmorSaúde, Dr. Alexandre Pimenta. “Além desses sintomas, pode haver também vermelhidão, fissuras ou rachaduras nas áreas de dobras da pele, deslocamentos e deformações das unhas”, descreve o médico.

Principais doenças fúngicas de verão


Entre as doenças de pele mais comuns no verão estão alergias solares, acne solar, herpes e larvas migrans e as micoses superficiais – infecções fúngicas que afetam as camadas externas da pele, unhas e cabelo. “Essas infecções são geralmente causadas por fungos dermatófitos, que têm afinidade pelas proteínas queratinosas encontradas na pele, cabelo e unhas. Embora não graves, podem causar desconforto e irritação”, explica a profissional de dermatologia Dra. Renata Zago Lorenzato.

Caracterizada por erupções cutâneas, a acne solar ocorre como resultado da exposição em excesso ao sol, o que aumenta a oleosidade da pele. “A exposição solar excessiva pode ter vários efeitos na pele, incluindo o aumento da produção de sebo, a obstrução dos poros e a inflamação, o que popularmente conhecemos como espinhas”, ressalta a médica.

Já entre as alergias solares, uma das mais comuns é a fitofotodermatose, que se caracteriza pelo surgimento de manchas na pele após o contato com alguma substância, geralmente compostos químicos presentes em plantas, seguida de exposição ao sol, como, por exemplo, o sumo do limão. “A fitofotodermatose também é conhecida como dermatite de contato fotoquímica e resulta em uma reação inflamatória na pele, semelhante a uma queimadura”, elucida a Dra. Renata.

Além da exposição solar, o aumento na frequência com que andamos descalços e temos contato direto com as superfícies — durante banhos de sol, por exemplo — também fazem com que o verão seja a estação de maior ocorrência de patologias como o bicho geográfico, causado pelo contato com áreas contaminadas por fezes infectadas com larvas. “Uma vez na pele, essas larvas começam a se mover, causando inflamação, coceira intensa e a formação de trilhas ou túneis sob a pele, que são visíveis externamente”, explica o Dr. Alexandre Pimenta, ressaltando que essa contaminação pode se dar pisando no chão descalço ou mesmo sentando em áreas contaminadas.

Em caso de sintomas, o ideal é procurar ajuda médica. “Como as lesões de pele costumam ser muito semelhantes entre si, o ideal é procurar a ajuda de um profissional capacitado para diagnosticar de maneira adequada”, aconselha a Dra. Renata. Seguindo o tratamento adequado, a recuperação se dá, em média, entre 20 a 30 dias para lesões de pele e entre quatro a seis meses para unhas.

Como se precaver 


Para prevenir doenças fúngicas de pele no verão, é importante adotar medidas de higiene pessoal, como secar bem as áreas propensas à umidade, trocar roupas molhadas e utilizar chinelos em banheiros públicos. Além disso, vale evitar o compartilhamento de roupas e objetos de higiene pessoal e manter uma boa higiene alimentar para a prevenção dessas infecções.

No caso da fitofotodermatose, a prevenção também envolve evitar o contato com essas substâncias e a exposição solar subsequente.

Se houver sintomas de uma infecção fúngica, é recomendável procurar orientação médica para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

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