Você vai curtir o Carnaval por alegria ou por carência?
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Você vai curtir o Carnaval por alegria ou por carência?

Nessa época do ano ouvimos muito aquela máxima de que “No Carnaval pode tudo”. Mas até que ponto esse “pode tudo” está ligado a uma atmosfera interna de autoamor, como “eu me amo, portanto me permito a diversão”, e onde está a linha do limite quando isso beira a falta de autorrespeito?

Essa é uma pergunta muito parecida com outra que sempre me fazem sobre procedimentos estéticos: é autoamor e autocuidado, ou falta de autoaceitação? Minha resposta para ambas é: depende. Depende de onde vem essa atmosfera. Se a pessoa usa maquiagem ou faz procedimentos para ressaltar a própria beleza e corrigir algumas imperfeições com o objetivo de se sentir ainda mais linda, é totalmente positivo. Mas se é o caso de se odiar, não conseguir se olhar no espelho, ficar buscando uma perfeição utópica para aí talvez gostar de si, é falta de autoamor.

Com as festas de Carnaval é a mesma coisa, você pode estar em um ambiente e se permitir dançar, brincar, extravasar até quando o corpo aguentar (no sentido do cansaço) e até beber um pouco a mais, desde que essa vontade venha de um lugar de amor para consigo. Acontece que existe uma linha tênue entre a diversão por autoamor e por não estar bem no seu íntimo, que surge por carência afetiva.

A Louise Hay costumava dizer: “Todos nós temos necessidade de amor, temos necessidade biológica de pertencer e conviver em grupo”, mas precisar de amor é diferente de estar carente e, especialmente no Carnaval, vemos muitas pessoas com falta de amor da pessoa mais importante da vida dela, que é ela própria. Quando esse é o problema, nada externo vai preencher a vida dessa pessoa, então não adianta ir para os blocos na intenção de encontrar quem vá ocupar esse vazio, seja uma pessoa ou várias.

Nesse cenário de carência, é comum ter atitudes que não são respeitosas para consigo mesmo, como beber em excesso, estar com pessoas mesmo sem ter certeza que era isso que queria só para não ficar sozinho, entre outras coisas. Essas situações mostram a falta de autoestima.

Sugiro que, antes de sair de casa para curtir, faça uma reflexão e pense: Você está preocupado com o que os outros vão pensar de você, da sua roupa, ou em como você deve se comportar para agradar e ser aceito pelos outros? Já sai com o objetivo de conhecer alguém interessante e, se isso não acontece, vai se sentir frustrado?

Já se você está de bem com a vida, você vai sair sem expectativa, vai se permitir se divertir, dançar, não precisará abusar do álcool para ser quem você é e ser autêntico, não se preocupará com a opinião alheia e, acima de tudo, confiará na fluidez da vida e saberá que a festa vai ser maravilhosa simplesmente por estar feliz consigo.

Esses são grandes termômetros para entender seus objetivos mais inconscientes e poder curtir o Carnaval sem passar dos limites que são saudáveis para você ou sofrer decepções.

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