A fundação corporativa , apoiada pela Principal Financial Group , chega ao Brasil neste mês de fevereiro e luta pela desigualdade financeira e de gênero no mercado. A iniciativa ajudará mais de 750 famílias brasileiras em estado de vulnerabilidade .
A primeira ação é o World Central Kitchen, que envolve mais de 140 organizações de caridade em 25 países e a ação no Brasil, em parceria com o Instituto Caça-Fome fará a entrega de cestas básicas. Além disso, haverá apoio a empresas e organizações, parcerias com programas comunitários, iniciativas de microfinanciamento, ações voltadas à segurança alimentar e nutricional e incentivo às instituições sociais, culturais e educacionais (STEAM).
Para entender como funciona melhor o projeto, o iG Delas esteve em uma entrevista exclusiva com Jo Christine Miles, executiva da Principal Foundation, que explica os objetivos da fundação.
"O projeto que estamos fazendo aqui em São Paulo é o primeiro aqui no país, junto com a organização World Central Kitchen. Trabalhamos com a organização há cerca de três anos e financiamos projetos em todo o mundo. Por exemplo, a resposta da Ucrânia quando a Rússia invadiu a Ucrânia, em Cingapura e Porto Rico, financiando o seu trabalho nos Estados Unidos, especialmente depois da covid, para ajudar a manter restaurantes e empresas de serviços de alimentação em funcionamento e abertos para que os seus trabalhadores pudessem continuar a trabalhar. Então esse trabalho está em andamento, mas esta é a nossa primeira vez no Brasil e estamos muito entusiasmados com isso", afirma Jo.
A executiva destaca a importância de discutir e refletir sobre desigualdade financeira e de gênero no mercado.
"Estamos trabalhando nisso diariamente e isso é um problema para nós. É uma questão de inclusão. Quanto mais pessoas estiverem incluídas nos sistemas financeiros, mais robusto será o crescimento econômico nessa sociedade e melhores serão os resultados nas famílias. Então esse trabalho é uma motivação para nos esforçamos e fazer isso nos vários mercados, países e localidades onde operamos e onde nossos funcionários vivem", explica a profissional.
Muitas pessoas passam por questões delicadas no trabalho e no sustento da casa de várias famílias ao redor do mundo. Jo Christine relata algumas experiências que a Principal Foundation atuou e contribuiu para uma melhora significativa dessas pessoas.
"Nós demos um suporte em Cingapura, que recebe várias mulheres de outros países. O país tem leis de imigração muito rigorosas. Assim, após o período do visto, eles são deportados e têm que voltar para o seu país. Não há como se perder em Cingapura, o que acontece normalmente ou muitas vezes é que as mulheres estão no país entre sete e oito anos. Elas trabalham, devolvem todo esse dinheiro e quando chega a hora de retornar ao seu país de origem, não têm poupanças e voltam à pobreza e a situações terríveis", inicia.
"Portanto, o programa que financiamos em Singapura ajuda as mulheres que estão trabalhando lá a receberem educação financeira, informações sobre produtos financeiros apropriados e solicitadas a pensar a longo prazo sobre o que desejam para as suas vidas quando regressarem ao seu país de origem", pontua Jo.
Outro exemplo que a executiva já atuou foi nos Estados Unidos, em que ajudou mulheres que estão iniciando empresas e não sabem como atuar no mercado financeiro. "Também já prestamos assistência técnica a mulheres nos Estados Unidos, que estão iniciando empresas para garantir que legalmente temas suas finanças pessoais e empresariais sejam separadas. Assim, elas podem tirar proveito de todos os programas governamentais e do setor financeiro que estão disponíveis para eles como empresa. Além disso, também garantimos que elas tenham acesso ao dinheiro. Assim, à medida que o seu negócio crescer, há o dinheiro e recursos", conta a profissional.
Neste projeto, o treinamento faz parte da aprendizagem, que recebe uma infusão de 5.000 reais que pode ser usada para expandir negócios. No entanto, é pretendido que a grande maioria dos beneficiários sejam mulheres, pois mais de 80% dos beneficiários de empréstimos e de capital são mulheres. Com isso, Jo afirma que isso impacta famílias, a nutrição das crianças e a capacidade de obter serviços médicos. Assim, isso melhora cada vez mais as famílias, já que a família é cuidada com frequência, sabendo a responsabilidade e objetivo das mulheres dessa família.
A executiva destacou os projetos em São Paulo e a importância para o mercado nacional e global, além dos impactos gerados em diversas famílias do país. "Estamos realmente ajudando as pessoas a atender às suas necessidades essenciais. Portanto, o World Central Kitchen visa realmente colocar alimentos nutritivos nas mãos de pessoas que precisam desses alimentos e reunir crianças para a distribuição de alimentos. Além disso, temos outro projeto pautando mais para a área da educação que concentra crianças do Ensino Fundamental até o Ensino Médio, garantindo que quando saírem para o mundo e estiverem trabalhando, tenham o conhecimento e as habilidades básicas. Assim, esses jovens precisam ter vidas financeiras mais estáveis e participar do sistema de uma forma que seja apropriada para o momento em que se encontram em suas vidas", finaliza.