Dia da Saudade: mecanismo se compara a abstinência de drogas
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Dia da Saudade: mecanismo se compara a abstinência de drogas

Neste 30 de janeiro se celebra o Dia da Saudade e a neuropsicóloga Tammy Marchiori, com formação em neurociência por Harvard e especialização em Terapia Cognitiva pelo Beck Institute, explica que o mecanismo é semelhante à abstinência de droga. 

A especialista fala que ao entender como a saudade ocorre, fica mais simples compreender por que, no período imediato após uma separação, pode causar sintomas físicos parecidos com os da abstinência de drogas.

“Irritação, dificuldade para dormir, aumento de cortisol (hormônio do estresse) e um mal-estar generalizado fazem parte do pacote. Tudo, é claro, em menor intensidade, mas ainda assim bastante reais”, afirma.

Sentir saudade faz bem para a saúde?

Uma pesquisa da Universidade de Southampton mostrou que a saudade funciona como uma resposta imunológica psicológica, pois é um sentimento que surge quando passamos por dificuldades e funciona como um mecanismo de defesa.

“Por isso, ela pode ser importante para dar uma sensação de auto continuidade, ajudando a criar uma narrativa de sentido para a vida e uma conexão com o passado para compreender melhor o presente”, fala Tammy.

O melhor remédio é se distrair!

Para a neuropsicóloga apesar de parecer óbvio e bobo, a melhor forma de lidar com o sentimento é buscar distrações que possam gerar o sentimento de prazer e bem-estar que a pessoa amada gerava.

Para o psicólogo Alexander Bez, a saudade sempre é um sentimento pautado por uma enorme complexidade, principalmente por abranger vários fatores envolvidos, que vão desde elementos sensoriais-perceptíveis até as sensações remanescentes no inconsciente, que se configura como mais importante.

"Superar as emoções que a saudade nos traz não é uma ação fácil. Para lidar da melhor forma, é necessário pensar nos pontos positivos em relação a pessoa saudosa. O que não pode acontecer é deixar a parte mais patológica da saudade, a ruminação psicológica, te afetar", recomenda.

Ficar de maneira obsessiva-compulsiva, remoendo o passado, trazendo consternações e sofrimento, adicionando mais negatividade à saudade, não é uma ação boa para o próprio bem-estar, diz o terapeuta. 

"O ideal de se fazer, no momento presente, é aproveitar todos os momentos vividos, sendo essa ação muito positiva para o seu futuro. Dessa maneira, lidar com o sentimento da saudade se torna mais leve", sugere.

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