Andréia Roma, que é CEO e fundadora da Editora Leader
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Andréia Roma, que é CEO e fundadora da Editora Leader

Sua trajetória emociona. Andréia Roma, que na infância não tinha dinheiro para comprar livros, tornou-se fundadora e CEO da Editora Leader, onde criou o selo Mulheres, 100% dedicado a colocar no mercado obras femininas. Ela conta que com 7, 8 anos, montava os próprios livros com recortes. E devorava os exemplares que ganhava de conhecidos. 

"Meu pai, um homem semi analfabeto, trazia um saquinho de bala pra casa todo dia, e dividia entre mim e minhas irmãs. Eu aprendi muito com esse gesto, esse poder da conexão com as pessoas. Na sua simplicidade, ele me dizia: cuida bem do seu CPF, uma lição que trago pra vida", diz Andréia.

Com 14 anos, ela foi trabalhar numa banca de pastel, e de lá traz outra lição de vida. "O dono dizia que todo dia era para eu comer um pastel, porque se eu não gostasse, ninguém iria gostar. Aprendi ali o poder da experiência com o outro."

Aos 18 anos, foi mãe solteira, o que a fez amadurecer na marra. Aos 19 estava numa agencia de publicidade. Como ela iria vender? "Como eu aprendi vendendo pastel. Foi aí que deu muito certo. Muito na raça, alguém que saiu do nada. Sou um mulher branca que saiu da comunidade. Me fez decolar, nasci para aquilo", lembra. Aos 20 anos foi para uma empresa de treinamento e aproveitou os vários palestrantes para fazer diversos cursos, de programação neurolinguística, administação, para me conhecer, deslanchar. Passou por diferentes editoras, aos 24 anos se casou, foi mãe de novo e, aos 29, foi convidada para estruturar uma editora. 

"Aceitei de cara, passei dois anos com eles, foi uma experiência incrível. Não deu certo, mas faz parte", ensina. O marido então deu a maior força para ela montar a própria editora. "Ele pediu as contas do trabalho e me disse: você vai ter que se virar, quero que você faça."

Com o dinheiro da rescisão, uns 5 mil reais, ela iniciou a editora e deu muito certo. Foi assim que fundou a Editora Leader, a única editora comportamental voltada ao desenvolvimento humano do meio editorial que nasceu com o propósito de inovar o mercado. Em 2003, ela fundou o Instituto Série Mulheres, um projeto dedicado especialmente a todas as mulheres e à valorização da literatura brasileira feminina.

"Depois de 2 anos eu criei o primeiro projeto de mulher, era algo que mexia comigo. Em 2014, 2015, não tinha nem essa história. Criei a primeira coleção de livros coletivos de mulher. Empreendedoras, coaching, mulheres inspiradoras.  Em 2015, participamos da primeira roda de mulheres do Jô Soares. Ter ele validando o projeto foi um sonho realizado", conta. 

"Lancei em 11 estados, várias livros corporativos. Nós patenteamos todos os títulos. A série Mulheres tem 150 títulos patenteados. A gente traz todas as profissões para o palco.  Nenhuma outra editora ou instituto pode usar os títulos. E é tudo registrado em 182 países pelos direitos internacionais", explica Andréia. 

O instituto é uma ONG inspirada pelo Selo Editorial Série Mulheres, criado pela Editora Leader, para reconhecer o valor da mulher e proporcionar a ascensão do maior número possível de mulheres na literatura brasileira. 

A Série Mulheres é uma expansão do projeto iniciado pela Editora Leader, abrangendo diferentes áreas do mundo corporativo e outras. Além disso, é o único selo editorial voltado a mulheres com a missão de premiá-las em vários setores, através do Troféu Série Mulheres na Literatura por meio de suas histórias, cases e metodologias.

A seleção das autoras é feita via empresas que indicam, CEOs que indicam e eles avaliam. A ideia é sempre trazer diversidade, inclusão. "Se eu tivesse tido livros como esses, teria me inspirado em outras mulheres", diz Andréia. 

O segredo para se manter no mercado editorial, segundo ela, é inovar. "O Projeto Selo Mulheres é patenteado. Foi uma mulher que fez, ninguém fez isso antes. É uma mudança histórica, o posicionamento dessa mulher, que viu em outras a história delas", resume. 

O selo editorial Selo Mulheres tem ficção, romance, livros técnicos, livros autorais e coletivos. "As autoras percebem o quanto estão sendo valorizadas. Estamos trazendo esse olhar, como foco da valorização da mulher nesse mercado."

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