Bruno De Luca disse ter sofrido amnésia dissociativa
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Bruno De Luca disse ter sofrido amnésia dissociativa

Dois meses após Kayky Brito ser atropelado, o apresentado Bruno De Luca, que o acompanhava instantes antes do acidente, se pronunciou sobre o episódio. Ele revelou que a experiência traumática desencadeou uma amnésia dissociativa, que o faz não se lembrar dos acontecimentos daquela noite.

O psicólogo Alexander Bez explica que a amnésia dissociativa é uma condição peculiar de origem psicológica que também afeta simultaneamente o aspecto neurológico, sendo uma psicopatologia de natureza dupla, denominada de neuropsicológica. "Na amnésia dissociativa, a pessoa é incapaz de lembrar-se de certas situações da vida, mesmo aquelas relacionadas a eventos significativos", diz o especialista.

Essa condição, segundo Bez, geralmente surge em decorrência de um estresse severo e/ou um trauma específico. "Dependendo do nível de estresse, a mente bloqueia informações importantes, criando lacunas no aparelho psicológico. Esse bloqueio tem a função de impedir a recordação desses traumas, evitando assim os sofrimentos decorrentes do estresse e/ou do trauma. Isso leva ao esquecimento parcial ou total da ação em questão."

Pessoas com tendências à depressão podem apresentar essa condição como uma forma de proteção pessoal. A amnésia dissociativa funciona como um mecanismo de defesa do ego, sendo de origem psicológica-emocional. No entanto, esse mecanismo pode anular algumas funções cognitivas executivas, como a memória, que é controlada pelo lobo frontal do cérebro.

"A amnésia dissociativa afeta principalmente a memória autobiográfica, responsável pelas recordações do passado. É importante notar que, por ser um mecanismo de defesa emocional originado da neurose, essa condição é tratável e curável. O filtro que causa essa amnésia pode ser suspenso definitivamente da mente", esclarece Bez.

Um exemplo notável é o caso de Bruno De Luca, onde a memória afetada foi a memória anterógrada, relacionada a eventos mais recentes. Nos Estados Unidos, essa psicopatologia afeta aproximadamente 1,8% da população anualmente, tornando-a uma condição mental bastante rara.

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