39,8% das mulheres apontam a autossabotagem como principal obstáculo em suas carreiras, mostra levantamento da {reprograma}
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39,8% das mulheres apontam a autossabotagem como principal obstáculo em suas carreiras, mostra levantamento da {reprograma}

A {reprograma}, iniciativa de impacto social que foca em ensinar programação para mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica, priorizando negras, trans e travestis, acaba de lançar uma pesquisa que mostra os principais desafios enfrentados por elas ao entrar no mercado de tecnologia: 39,8% apontaram a autossabotagem ou a falta de confiança nas próprias habilidades; 25% a dificuldade em encontrar um ponto de partida ou manter uma trajetória e 17,6% a dupla e/ou tripla jornada, combinando estudos, trabalho e responsabilidades familiares.

O estudo questionou ainda sobre quais caminhos podem ser tomados para mudar essa realidade e 52,8% das participantes destacaram a importância de políticas públicas e ações afirmativas, como processos seletivos voltados exclusivamente para mulheres. Os dados mostram também que 82,2% das entrevistadas conseguiram emprego na área, sendo 49,1% como CLT, refletindo um avanço significativo na inclusão das mulheres em posições formais. Ainda assim, 27,8% estão desempregadas. 

Além disso, a pesquisa levantou as transformações positivas resultantes do ingresso de mulheres no mercado de tecnologia. Mais de 49,1% conseguiram uma nova perspectiva de futuro ao conquistarem o primeiro emprego no setor, 19,4% a oportunidade de oferecer uma qualidade de vida para suas famílias e 18,5% a emancipação econômica.

O levantamento contou com a participação de 109 ex-alunas da {reprograma}, com o principal objetivo de compreender as realidades vivenciadas pelas mesmas após a formação em tecnologia. De acordo com Nadja Brandão, Diretora Executiva da iniciativa, a promoção de uma comunidade e mentoria é fundamental para fortalecer a autoconfiança e a criação de uma rede de apoio.

“Precisamos capacitar mulheres para se desenvolverem como agentes de mudança em suas carreiras na sociedade. Além da capacitação técnica, é imprescindível fornecer apoio emocional para que elas se sintam merecedoras e integrantes desse ecossistema, que ainda é predominantemente masculino”, finaliza a executiva.

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