Ex-BBB Patrícia Leitte sofre aborto espontâneo e lamenta: 'Anjinho'
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Ex-BBB Patrícia Leitte sofre aborto espontâneo e lamenta: 'Anjinho'

 A ex-BBB  Patrícia Leitte informou os seguidores na terça-feira (1) que sofreu um aborto espontâneo. Pelo Instagram, a coach exibiu como foi a descoberta da gravidez, como contou ao companheiro e o início de um sangramento que culminou na perda do feto. Mas, afinal, o que leva a um aborto espontâneo?

Ex-BBB Patrícia Leitte sofre aborto espontâneo e lamenta: 'Anjinho'

Geraldo Caldeira, ginecologista e obstetra membro da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia); membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH). Médico do Serviço de Reprodução Humana do Hospital e Maternidade Santa Joana, esclarece as dúvidas sobre o episódio. 

"A maior causa de aborto é a alteração genética do embrião, ou seja, aneuploidia. O embrião tem um número errado de cromossomos e acaba abortando. Todo mundo é 46 XX mulher e 46 XY homem. Quando você tem alguma alteração desse número de cromossomos, a gente chama de aneuploidia e essa é a maior causa de aborto. Depois tem que pesquisar trombofilias e também as causas uterinas, como endometrite, polipomioma, etc. 20% das mulheres que engravidam abortam espontaneamente, é um dado estatístico que não temos como mudar", explica o médico.

Quando a paciente é jovem não tem muito o que fazer, diz o dr. Geraldo Caldeira. "É um risco que a gente corre, tem que dosar progesterona para ver se não tem baixa de progesterona. O risco de alteração genética em pacientes jovens abaixo de 35 anos é pequeno. Esse risco aumenta com a idade da paciente. Então, a paciente aos 40 anos já tem mais de 60% de risco de ter aborto", alerta.

"Quando a paciente aborta espontâneo, a gente espera uma semana, 15 dias, para ver se ela consegue eliminar e não precisar fazer nenhum procedimento como curetagem ou AMIU, que é a aspiração manual intraterina. Se isso não acontece, daí a gente faz a AMIU para retirar o embriãozinho e os restos. E toda vez que faz a curetagem ou AMIU, vale a pena fazer estudo genético para ter certeza que o embriãozinho estava geneticamente alterado ou se estava normal", esclarece.

O aborto é considerado de repetição quando o paciente já tem mais do que dois abortos seguidos. "Antigamente eram três a definição da OMS, mas hoje dois abortos já vale a pena investigar".

E a mulher pode engravidar novamente após um aborto espontâneo. Dr. Caldeira garante que sim. "Se a mulher depois do aborto não fez curetagem ou AMIU já pode engravidar após 1 mês, se fez algum destes procedimentos, pedimos para esperar por 2 meses. Se for uma paciente de 39, 40 anos, aí vale a pena fazer fertilização in vitro e estudo genético do embrião, para minimizar o risco. Se na curetagem, mesmo em paciente jovem, veio alteração genética, você já descobriu a causa", finaliza o médico. 

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