Etarismo ou ageísmo, descrições que correspondem à discriminação por idade contra pessoas com base em estereótipos. Um preconceito denunciado, através de um desabafo sincero feito pela atriz Isis Valverde, em suas mídias. A famosa relatou os ataques e julgamentos recentes, sofridos por sua mãe nas redes sociais, referente ao corpo e a idade. Um fato inadmissível, ocorrido em pleno século XXI, que pode provocar o sofrimento emocional da vítima. Um recorte cruel de como as pessoas com mais idade são vistas e tratadas.
Essa falsa ideia de que a idade é um empecilho afeta, consideravelmente, a vida do outro, negando o envelhecimento natural e saudável, limitando os desejos e ações. O Etarismo viola os direitos humanos e costuma ser praticado contra pessoas que nem idosas são consideradas ainda. Além disso, pode se manifestar de muitas formas, desde práticas individuais até institucionais. E todas elas tendem a acontecer, em sistemas onde a sociedade aceita a desigualdade social.
Um preconceito que pode, na maioria das vezes, se apresentar de maneira sutil. Por exemplo: dizer, em tom de “brincadeira”: “Você está velho demais para isso”. Ou “Isso não é para você, já passou da idade”. Tipos de práticas etaristas que acontecem todos os dias em todos os lugares.
Mãe de Isis Valverde agradece a filha após críticas por namoro
Outro fato característico é quando, estudos nos mostram que as empresas limitam a idade para contratação de novos funcionários, ou seja, acima de 45 anos um candidato pode ser eliminado de um processo seletivo, independente de suas experiências ou habilidades. Pois, dependendo da área, um profissional pode ser discriminado por julgarem que ele está “velho demais” para determinada profissão.
O etarismo tende a causar diversos problemas a longo prazo. A saúde mental costuma ser uma das áreas mais abaladas. Idosos que são constantemente desrespeitados, tratados com desprezo, agredidos ou humilhados, têm mais chances de desenvolver baixa autoestima, tendências ao isolamento e a depressão.
Porém, cabe aqui uma reflexão ainda mais profunda: a maturidade nos leva, em muitos casos, a tentar fazer escolhas mais maduras e conscientes. E será que existe limite de idade para se reinventar? Além disso, se o envelhecer causa desconforto, é preciso buscar ajuda para elevar a autoestima e valorizar o que se tem de melhor e aprender a encarar a vida em todas as suas particularidades, sempre com muita empatia.
Pois, o etarismo precisa ser combatido, começando dentro dos nossos lares a atualizar a interpretação preconceituosa enraizada pela sociedade do que significa envelhecer. As crianças precisam compreender o processo de velhice, que faz parte da vida, e a necessidade do respeito. É preciso promover o conhecimento sobre o envelhecimento e aumentar ações para inseri-los na sociedade.
Portanto, Isis Valverde foi precisa no desabafo e na defesa de sua mãe. O preconceito é cruel. As pessoas precisam ser incentivadas a olhar para dentro de casa, contemplar suas mães, avós, tias, familiares, amigos que, independente da idade, fazem acontecer e completam sua rede de apoio. Afinal, todos iremos envelhecer um dia, e que bom. Que seja com muita saúde física e mental. Já para as vítimas do etarismo explícito, fica a dica para ressignificar e se posicionarem denunciando os abusos, julgamentos e a falta de respeito.