Sororidade em alta: a importância de romper a rivalidade feminina no ambiente de trabalho
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Sororidade em alta: a importância de romper a rivalidade feminina no ambiente de trabalho

Dizem que a rivalidade feminina permeia o nosso dia a dia. Ela até dá as caras nas
redes sociais, na vida pessoal e no ambiente profissional. O assunto é realmente
importante, mas precisamos expandir nossa visão para não cairmos no famoso
clichê, que foca em comparações estéticas, culturais e intelectuais. Ao ampliarmos o assunto, notamos que, quando replicamos o mesmo discurso, apenas as mulheres saem perdendo.

Sou uma líder 60+ e, além de atuar como publicitária, também sou formada em
psicologia. Nesses anos de experiência tive a oportunidade de perceber que muitos temas que são colocados em pauta partem de noções e interesses individuais que afetam o coletivo.

Lembro de situações que vivi, e hoje tenho a concepção que mulheres não atacam
mulheres simplesmente porque querem. É algo que está tão internalizado na nossa sociedade que, em muitas das vezes, acaba se tornando uma verdade absoluta. Por isso, a grande questão é: quanto tempo vamos perder ao invés de agir?

Vejo todos os dias que é necessário estarmos cientes sobre pautas feministas, mas é ainda mais importante elaborarmos ações para combater atitudes que segregam e incentivam o ódio no contexto geral. Em contrapartida, podemos exercitar a busca pela admiração.

Admirar é descrito no dicionário como considerar, respeitar e venerar um ato ou alguém. Quando se trata de rivalidade, podemos levar essa palavra como o nosso guia, assim, passa ser o ponto-chave para solucionar os problemas que são colocados sobre nossas costas.

Nós, mulheres, carregamos o fardo da perfeição, que gera uma comparação
incessante, muitas vezes levando a competição. “Precisamos” estar penteadas,
arrumadas e com as unhas feitas. Mas, também "precisamos” trabalhar fora,
trabalhar em casa, cuidar, passar, cozinhar e limpar. "Precisamos” ser firmes e ao
mesmo tempo delicadas.

São tantos questionamentos que me perco nos padrões contraditórios que são
impostos. Mas como disse no início, além de refletir, precisamos agir. Eu sei, é
difícil, mas algo tem me ajudado a enfrentar esse conflito que nem foi imposto por
nós mesmas.

Entender que não sou e nem preciso ser perfeita me libertou de diversas amarras
que me prendiam e faziam eu viver para agradar os outros. Olhar para dentro fez eu perceber que meus defeitos são completados pela qualidade de outras mulheres e, quando buscamos os mesmo objetivos, não precisamos ter medo da substituição.

Não podemos deixar que a cobrança externa muito menos a interna nos domine.
Quando caminhamos juntas não há obstáculos que nos parem, não há montanhas
grandes demais. Há apenas um universo todo para ser conquistado.

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