Para Maíra Gracini, a flexibilidade está no futuro do trabalho

Vice-presidente de Marketing e Crescimento, da Atlas para a América Latina, a executiva vê novas chances de inclusão no mercado para mulheres

Maíra Gracini, vice-presidente de Marketing e Crescimento da Atlas para a América Latina
Foto: Divulgação
Maíra Gracini, vice-presidente de Marketing e Crescimento da Atlas para a América Latina

Maíra Gracini, vice-presidente de Marketing e Crescimento, da Atlas para a América Latina, atua em contratações a distância e atração de talentos e vê no modelo de trabalho híbrido uma forma mais humana das relações de trabalho.

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"O papel da mulher no geral é estar ligada à economia de cuidado, fruto de uma sociedade patriarcal. A  responsabilidade em relação a cuidado foram deixadas para mulher. São trabalhos invisíveis, que tomam bastante tempo da agenda das mulheres e estão na raiz da sociedade", avalia. Para Maíra, as mulheres podem se posicionar sobre esse tema, e pedir mais parcerias, não precisam carregar o mundo nas costas. 

Maíra enxerga que há progressos e retrocessos o tempo inteiro e é preciso trazer o gap de gênero para a consciência e para as ações. "Estamos cada vez mais debatendo temas sobre o gap de gênero, que é secular, para um nível de resolver. Há viéses inconscientes, o machismo está nos homens e nas mulheres."

Que ações podemo tomar? "É o posicionamento da mulher, para que ela possa estar em ambiente de trabalho que lhe dê flexibilidade, reconhecimento, acolhimento. Essas empresas existem, assim como nós, em que as mulheres sejam de fato mais bem-recibidas", diz a executiva.

Para Maíra, a pandemia foi acelerador em muitos aspectos, com a quebra de muitos paradigmas, e vimos que era possível trabalharmos remotamente. "Na minha visão, a flexibilidade vai estar na pauta dofuturo do trabalho. Escolher trabalhar de qualquer lugar, conciliar obrigações e paixões do jeito que achar melhor." Segundo pesquisa com líderes de recursos humanos, 70% das empresas pretendem ampliar ou manter o home office, mas a grande maioria, especialmente as que estão apoiadas no presencial, relata escasses de talentos. 

"As pessoas estão escolhendo por empresas que lhes dêem mais flexibilidade. Acredito que, cada vez mais , o poder vai estar nas mãos do colaborador", analisa Maíra. Para ela, o trabalho remoto facilitou a vida da mulher, que pode conciliar seus papéis de forma mais equilibrada.  

"Na Atlas, a gente vê que o trabalho remoto pode existir além das fronteiras. Nós trabalhamos com clientes que têm essa cultura, têm necessidade de contratar um hub em um novo país. Abre diversas possibilidades, é trabalho sem fronteiras. Traz benefícios para quem não está nos grandes centros, e, do lado do empregador, permite uma busca de talentos global", explica.