Bruna Linzmeyer interpreta Madeleine em
Divulgação/TV Globo
Bruna Linzmeyer interpreta Madeleine em "Pantanal"


Depois de dois anos longe dos estúdios, Bruna Lizmeyer estava sedenta para voltar a atuar. “Fiquei esse tempo todo trabalhando de casa, escrevendo, mas sou um bichinho de set. Adoro ver a montagem de uma luz e lente sendo colocada.” O retorno foi em grande estilo: coube à atriz, de 29 anos, o papel de Madeleine, nos primeiros capítulos de “Pantanal”, novela da TV Globo que acaba de estrear na faixa das 21h. A personagem foi interpretada por Ingra Liberato na primeira versão do folhetim, e Bruna vai representá-la até que Karine Teles assuma o posto, na segunda fase da trama.

Além de trazê-la de volta ao horário nobre e ao centro de uma das produções mais aguardadas dos últimos tempos, o trabalho a possibilitou explorar uma história cheia de nuances que tangenciam temas caros à própria atriz. “Madeleine não é uma pessoa chapada, perfeita, boa. É complexa e também equivocada”, adianta Bruna, fortemente interessada por debates de gênero e identidade. Em entrevista exclusiva à Revista ELA deste domingo, ela falou sobre a importância da identidade "sapatão" e como encara a passagem do tempo. Além de elencar as mulheres em que se inspira, disse: “Estou, neste momento, procurando uma dermatologista que não ache que a única forma de lidar com envelhecimento de modo precoce seja o Botox".


Segundo Bruna, o maior legado do amadurecimento, por ora, tem sido a calma. Ela diz que, mais do que nunca, entende que as coisas têm o seu próprio tempo e fluxo, o que lhe traz muito conforto. “Não precisam da minha interferência, mas da minha presença para acontecer”, filosofa. Coincidência ou não, esse estado de tranquilidade também é evocado na hora de falar sobre o namoro com a DJ Marta Supernova, com quem está há dois anos. “Ela me traz calma, e considero muito corajoso decidir que você vai ser uma pessoa tranquila, doce e amorosa hoje em dia. Ela escolheu ser assim e me ensina a seguir por esse caminho.”

Com dois milhões de seguidores no Instagram e trabalhos com marcas de moda e beleza, como Mr. Cat, Loungerie, Nike e Avon, e a cerveja Beck’s, a jovem afirma ter uma ótima relação com essas empresas, não sendo cobrada sobre os seus posicionamentos. “São parceiros de vida, fiz ótimos amigos”, diz. Ainda assim, reconhece que a existência de uma normatividade acerca do que se entende como mulher precisa ser superada. “Há uma coisa da mulher na publicidade que diz respeito à beleza feminilizada. Não sou a mais feminina de todas. Talvez outras sejam mais reconhecidas e prefiram trabalhar com elas. Porém, estou feliz e confortável com quem sou. Consigo pagar os meus boletos, e isso é o suficiente.”

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