O ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, 41, está preso como suspeito de crimes sexuais contra pacientes
na cidade de Anápolis, interior de Goiás. Desde que o caso veio à tona na quarta-feira (29), o número de mulheres se apresentando como vítimas segue crescendo. Inicialmente com três denúncias, até o momento quase 50 mulheres procuraram a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) para denunciar o médico.
A delegada Isabella Joy, titular da especializada de Anápolis, conta que o médico aproveitava as consultas e exames ginecológicos para praticar os atos libidinosos, fazer comentários constrangedores e, até mesmo, fazer com que as vítimas tocassem a parte íntima dele. Em alguns casos, ele chegava a mandar mensagens para as vítimas após as consultas.
“Temos provas que ele mandava vídeos e falava coisas eróticas para as vítimas. Ele agia da mesma forma com as pacientes, na consulta ou no exame transvaginal”, relatou a delegada em coletiva.
Casos semelhantes
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) apresenta que o médico tem histórico parecido em outros estados brasileiros. O ginecologista tem o CRM ativo em Goiás, Pará, Paraná e Distrito Federal. Na capital federal, o médico tem sentença condenatória por violação sexual mediante fraude. No Paraná, uma vítima também registrou ocorrência, também por violação sexual, mas o caso foi arquivado. Em Goiás, há relatos de vítimas de 2013 até 2021.
Médico nega as acusações
Nicodemus diz que sua prática é conforme aprendeu na faculdade de medicina e nega o abuso de pacientes. Afirma que nunca fez uma mulher pegar em suas partes íntimas e alega que os toques nas partes íntimas femininas eram somente para exames ginecológicos. A defesa do suspeito alega que o médico está tranquilo, pois tem certeza de sua inocência.