Patrícia Lélis
Reprodução Instagram
Patrícia Lélis

Partido dos Trabalhadores (PT) anuncia que vai tomar as medidas estatutárias cabíveis com a jornalista Patrícia Lélis, como forma de demonstrar que o partido não compactua com o discurso de  transfobia feito pela filiada nas redes sociais. A  nota de repúdio  faz referência a vídeos publicados por Patrícia, onde ela relata que uma mulher trans mostrou o pênis no banheiro feminino de um SPA.

"Em LA [Los Angeles] uma mulher trans que estava no WI SPA, ao utilizar o banheiro feminino tirou suas calças e mostrou seu pênis a outras mulheres e adolescentes que também estavam no banheiro", postou Patrícia. "Para explicar ainda mais: A mulher trans foi ao banheiro feminino, fez suas necessidades no box privativo, saiu da parte privada do banheiro e, no local do lavatório, tirou as calças e mostrou o pênis a outras três mulheres que estavam no banheiro."

Os comentários repercutiram nas redes sociais e a comunidade LGBTQIAP+ se manifestou que o problema do post é o uso de termos preconceituosos em um caso isolado



Este perfil é apenas um dos que estão denunciando as falas de Patrícia.

Após a publicação da nota de repúdio, Patrícia Lélis usou sua conta no Twitter para falar sobre os acontecimentos. Ela alega que foi atacada de forma machista e misógina por relatar uma situação onde um homem se passou por uma mulher trans nos Estados Unidos. Em seguida, relata que todos os ataques que recebeu foram de mulheres trans e que os homens trans estão sendo silenciados cada dia mais como as mulheres lésbicas, e que ela seguirá questionando esta situação apesar dos ataques.

Por fim, Patrícia fala que não vê o mesmo acontecer com o PSOL e o vereador Paulo Eduardo Gomes, que perguntou para a vereadora Veronica Lima "se ela quer ser homem e tratada como um" por ser lésbica. Leia abaixo a manifestação de Patrícia na íntegra.




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Sobre a nota de repúdio publicada pelo PT, Patrícia comenta que levou duas situações de machismo ao diretório do partido e que nenhuma delas teve solução nem manifestação.






Ao menos três vereadoras trans filiadas ao PT entraram com uma representação contra Patrícia, a fim de que a mesma seja expulsa do partido. Caso o processo seja instaurado, haverá uma averiguação e se for procedente, será encaminhado para a comissão de ética do PT, que fará uma análise para a emissão de um posicionamento final.

A nota de repúdio assinada por Gleisi Hoffmann, Janaína Oliveira, Bel Sá e Anne Moura deixa evidente que "transfobia não é opinião, é crime".

ATUALIZAÇÃO DO CASO

O Partido dos Trabalhadores (PT) divulga esta tarde (9) uma nota de esclarecimento sobre os ataques que Patrícia Lélis apresenta em suas redes sociais, em especial um sobre o também filiado ao partido Vinícius Silva Pereira, cadastrado em Santo André (SP). Nas imagens mostradas pela jornalista, Vinícius reclama que "não se pode mais expressar ódio do bem" ao desejar que um veículo em alta velocidade passe por cima de Patrícia, além de usar o sobrenome dela para dizer que ela é louca.




nota assinada por Anne Moura da secretaria nacional de mulheres do PT e Debora Pereira da secretaria estadual do partido fala que todas as secretarias de Mulheres - nacional, estadual e municipal - se articularam para cuidar do caso e o mesmo se retratou do que havia escrito. Como Patrícia não solicitou encaminhamento à comissão de ética, especialmente depois da reparação, o caso foi dado como encerrado.

Por fim, a Secretaria Nacional de Mulheres do PT declara que não compactua com nenhum tipo de violência e silenciamento, seja física, psicológica, verbal ou virtual, além de afirmar que trabalha contra a violênciapolítica de gênero.

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