Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos em 30 países para o D ia Internacional da Mulher, mostrou que mais da metade das brasileiras se consideram feministas, com 51% de respostas, a porcentagem mostra ainda que o Brasil está acima da média global.
A Ipsos realizou 20.524 entrevistas de 21 de janeiro a 4 de fevereiro de 2022 na África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Cingapura, Chile, China continental, Colômbia, Coreia do Sul, EUA, Espanha, França, Grã-Bretanha, Holanda, Hungria, Índia, Itália, Japão, Malásia, México, Peru, Polônia, Romênia, Rússia, Suécia e Turquia.
No caso do Brasil, os entrevistados foram questionados se concordam com a frase: “Eu me defino como feminista”. 51% das mulheres brasileiras disseram concordar com a frase. No geral, 43% dos brasileiros responderam que sim e 44%, que não. Os homens também foram inseridos na pesquisa e 35% se denominaram feministas.
A média global foi de 40% concordando com a frase e 48% discordando. Das mulheres entrevistadas em todo o mundo, 47% afirmaram ser feministas. Já no caso dos homens, o percentual caiu para 32%.
Os maiores percentuais de mulheres que se dizem feministas estão na Romênia com 80%. Logo em seguida, aparece a Índia, Malásia e África do Sul com 64% para os três países. No fim do ranking estão Rússia com 17% e Japão com 21%.
Para os brasileiros, os principais problemas relacionados às mulheres são abuso doméstico com 50%, assédio sexual, 41%, e violência física, 36%. Na pesquisa, era possível marcar mais de uma opção.
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Foram realizadas aproximadamente 1.000 entrevistas em todos os países, incluindo o Brasil.
O MERCADO DE TRABALHO PARA AS MULHERES
Houve um pequeno aumento de 3% de pessoas que pensam que os locais de trabalho em seus países tratam homens e mulheres de maneira igualitária — 44% em 2022 contra 41% em 2020 — Os homens têm a tendência de acreditar que há um tratamento igualitário com 51%, diferente das mulheres que atingem somente 35%. O Brasil está em último no ranking, pois apenas 21% dos entrevistados concordam que o tratamento é o mesmo para homens e mulheres. Entre os brasileiros o percentual dessa percepção de igualdade também é maior entre os homens com 27% contra 16% das mulheres.
COMO O GOVERNO TRATA AS MULHERES
Na média global, os entrevistados opinaram sobre o tratamento governamental para as mulheres, se são tratadas melhor, igual ou pior que os homens e os resultados foram:
- melhor: 16%;
- igual: 39%;
- pior: 32%.
No Brasil, os resultados foram:
- melhor: 9%;
- igual: 25%;
- pior: 59%.
Para ler a pesquisa em inglês completa, clique aqui.