Dois em cada dez brasileiros (21%) afirmam que presenciaram uma mulher ser assediada sexualmente no país no último ano. O dado foi apurado por meio da pesquisa "International Women's Day", realizada pela Ipsos em parceria com o Global Institute for Women's Leadership - King's College London, com 32 nações participantes.
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O índice no país está acima da média global, que é de 14%. A Tailândia está na ponta do ranking, com 30%, enquanto o Japão é o último colocado. Apenas 4% dos japoneses disseram terem presenciado situações de assédio sexual.
Por outro lado, 14% dos brasileiros afirmam que confrontaram alguém que estava assediando uma mulher. A média global é de 12%. A Indonésia está na ponta do ranking, com 36%. Já o Japão continua sendo o último colocado: apenas 2% dos entrevistados responderam que confrontaram o assediador.
Comentários sexistas entre amigos e familiares
A pesquisa também revelou que aproximadamente quatro em cada dez brasileiros (36%) presenciaram comentários sexistas dentro do seu ciclo de convívio no último ano. O percentual está acima da média global, de 27%.
O Chile lidera o ranking, com 45%. E o Japão de novo aparece em último lugar, onde apenas 6% das pessoas afirmam que presenciaram comentários sexistas no ano passado.
Discriminação no trabalho
Entre os brasileiros, 23% (dois em cada dez) afirmam que presenciaram situações de discriminação contra mulheres dentro do ambiente de trabalho em 2022 — índice que também está acima da média global (20%).
Os Emirados Árabes estão no topo do ranking, onde quase metade (49%) da população diz já ter presenciado situações desse tipo. Mais uma vez, o Japão ocupa a última posição, com apenas 4%.
Igualdade de gênero
Quando questionados se acreditam que há desigualdade entre homens e mulheres no próprio país em termos sociais, políticos e econômicos, oito em cada dez brasileiros (78%) responderam que sim.
O Brasil é o terceiro colocado do ranking mundial, com indicador muito próximo ao da Índia, que está no topo da lista (81%). A média global entre os países pesquisados é de 68%. Portugal, com apenas 47%, fica com a última posição.
Cerca de cinco em cada dez brasileiros (47%) acreditam que a igualdade de gênero é benéfica tanto aos homens quanto às mulheres.
Por outro lado, 14% responderam que a igualdade de gênero é benéfica apenas às mulheres, enquanto 12%, que é benéfica apenas aos homens. Já 14% acham que a igualdade entre homens e mulheres não é benéfica a ninguém.
A pesquisa "International Women's Day" ouviu 22.508 entrevistados de 32 países — sendo mil brasileiros —, com idade entre 16 e 74 anos, entre os dias 22 de dezembro de 2022 e 06 de janeiro de 2023. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.