Cientista brasileira Jaqueline Góes vira boneca da Barbie
Reprodução/Instagram
Cientista brasileira Jaqueline Góes vira boneca da Barbie

A cientista baiana Jaqueline Góes fez parte da equipe que realizou o sequenciamento genético do coronavírus. Por conta disso, ela foi homenageada em uma linha de bonecas da Barbie que celebra cientistas no combate à Covid-19. Uma das bonecas foi inspirada em Jaqueline e ela comemora a vitória da representatividade.

"Para mim foi uma grande surpresa. Eu jamais, em toda a minha história, imaginei me tornar uma boneca Barbie justamente porque o padrão era completamente diferente do meu. Uma boneca que viria a ser negra, de cabelos crespos, e mais do que isso, que representaria a minha profissão, que é a profissão de cientista", diz em entrevista ao G1.

Jaqueline explica que a surpresa com uma boneca cientista se dá pelo fato dessa profissão ainda ser muito desigual em questões de gênero. "Ainda é uma profissão sub-representada no mundo como um todo, pelo universo feminino. A gente ainda não tem uma representatividade igualitária entre homens e mulheres. Por isso, eu fiquei muito surpresa", completa.

A cientista conta que nem acreditou quando recebeu o convite da Matel, empresa dona da marca Barbie. Ela fala que ficou muito feliz e surpresa com o convite e explica como foi o processo de criação da boneca. A empresa mandou uma foto de referência e pediu para a baiana mandar uma foto dela como se sentisse confortável. A pesquisadora escolheu o visual que usa normalmente para trabalhar: camisa social, calça jeans, sapatilha e jaleco. Quando ela abriu a caixa, encontrou a Barbie exatamente como na foto que mandou.

Jaqueline Goés também comemora o impacto positivo que a boneca dela pode causar em meninas negras. "Ainda estou tentando me acostumar com a ideia, porque existe um apelo muito grande pela representatividade. Não só no universo acadêmico, mas também com crianças, principalmente com mulheres negras, que comentaram muito sobre a boneca, falaram que estão super orgulhosas de ter uma boneca brasileira e ser uma mulher negra, cientista, e que aquilo era muito representativo", diz.


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