Como anda seu relacionamento? Estatísticas do Office of National Statistics indicam que na Inglaterra, por exemplo, 42% dos casamentos terminam em divórcio e, em metade deles, isso ocorre logo na primeira década de união. Seria uma maravilha se houvesse uma pílula para manter o amor vivo, certo? Pois parece que alguém ouviu as preces de muitos casais por aí.

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De acordo com pesquisadores, existe uma pílula capaz de fazer com que casais deem uma nova chance para o amor
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De acordo com pesquisadores, existe uma pílula capaz de fazer com que casais deem uma nova chance para o amor


Pode parecer surreal, mas de acordo com Brian Earp, pesquisador do Instituto de Neuroética da Universidade de Oxford, essa pílula está mais próxima da realidade do que se imagina. Junto de outros especialistas, Earp está estudando a forma como o cérebro reage ao amor e encontrou uma substância que pode ajudar a manter os relacionamentos.

Procurando alternativas

A oxitocina química, muitas vezes chamada de “hormônio do amor”, é promovida como uma cura milagrosa para todos os relacionamentos. Trata-se de um agente natural que o corpo libera quando você se apaixona ou até abraça um amigo. No mercado, há pulverizadores nasais de oxitocina que podem ser comprados online por um valor acessível e que prometem dar uma forcinha para o coração, porém Earp não acredita nos resultados desse produto.

Buscando outra alternativa, o pesquisador decidiu estudar os benefícios da MDMA, uma sigla em inglês para uma substância frequentemente vendida de forma ilegal em pílulas de êxtase. “A MDMA permitiu que alguns casais mudassem seus pensamentos e abordassem o relacionamento de uma maneira mais saudável”, conta o pesquisador ao portal britânico “Wired”.

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É importante lembrar que tudo ainda está em fase de testes e que, se a substância de tornar um remédio, os casais que quiserem usar as tais pílulas do amor deverão seguir as condições médicas e contar com o auxilio de um terapeuta. De acordo com o estudo, a substância em questão auxilia os envolvidos a mudarem a forma de enxergar a relação, se aproximarem de uma forma mais saudável ou descobrirem que realmente é hora de colocar um fim no relacionamento.

Real ou ilusão?

Você deve estar se perguntando em que ponto o amor deixa de ser algo real e se essa droga não pode apenas levar quem a utilizar a uma "falsa felicidade". Na realidade, o medicamento trabalha com as reações do organismo e por isso, é preciso cautela, assim como ocorre com antidepressivos, que são considerados drogas “anti-amor” por interferirem no desejo sexual e "bagunçarem" o orgasmo.

Earp ressalta que essa é uma das grandes preocupações em lançar um medicamento com esse, já que, muitas vezes, as pessoas acabam usando de forma equivocada. Para exemplificar, ele cita que, em alguns países, os antidepressivos são usados para suprimir a libido de homossexuais sendo que essa não é a real função dos comprimidos.

Luz no fim do túnel

Mas, afinal, como ela funciona? Segundo os estudiosos, existe uma vulnerabilidade que permite que você realmente sinta o amor sem distração.  O pesquisador explica que é como quando você percebe que algo deu errado na vida e tudo parece desmoronar, mas, de repente, você percebe que tem um ente querido para te abraçar.

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“Há uma resposta para o que está acontecendo nos nossos cérebros quando nos apaixonamos”, diz Brian. “Algumas pessoas acharão isso realmente útil e podem achar que o amor agora tem novas dimensões a serem exploradas”, completa. Será que essa pílula realmente vai funcionar?

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