Em 2020, o Ibope realizou uma pesquisa com abrangência nacional e constatou que 52% das mulheres brasileiras já tiveram candidíase ao menos uma vez na vida. Infecção ginecológica causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida albicans, que vive normalmente na região genital, levando ao surgimento de sintomas, como corrimento esbranquiçado, coceira intensa, inchaço ou vermelhidão na vulva e/ou vagina, ardência durante a relação sexual e dor na hora de urinar.
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Durante os dias quentes, muitas mulheres acabam adotando hábitos que afetam a saúde íntima, sendo a mais comum a candidíase. O calor na região, que pode ser causado, por exemplo, pelo uso de roupas apertadas e de tecidos sintéticos que dificultam a ventilação local, também contribui para o surgimento da doença, pois altera a acidez vaginal e reduz os microrganismos responsáveis pela defesa da região.
“Outras situações, como estresse e ansiedade, uso de antibióticos e alterações hormonais comuns durante a gravidez e a menopausa, por exemplo, também podem provocar a candidíase. A diabetes descompensada também pode ser uma das causas de candidíase, há grande quantidade de açúcar circulante no sangue, fator que favorece o desenvolvimento de fungos na região genital. Sendo uma das causas menos frequentes, doenças imunossupressoras, diabetes e o uso crônico de corticoides podem desenvolver a candidíase” explicou a ginecologista e uroginecologista da Faculdade de Medicina da USP e Hospital das Clínicas, Dra. Débora Oriá
Como evitar
Cuidados diários com a região íntima podem ajudar na prevenção, como manter o local sempre limpo com uso de sabonete adequado, evitar roupas justas e que prejudicam a ventilação e optar por calcinhas de algodão. Evite desodorantes, sprays e perfumes na região. Além disso, não use absorvente todos os dias e não abra mão do preservativo durante a relação sexual.
Tratamento
Em caso da persistência dos sintomas, é aconselhado consultar um ginecologista ou uroginecologista para identificar as possíveis causas da candidíase e indicar o tratamento mais adequado. Sendo confirmado o diagnóstico, o especialista pode prescrever o uso de remédios antifúngicos na forma de pomadas, cremes ou comprimidos.
A candidíase vaginal é sexualmente transmissível?
Chamada também de vaginose, essa infecção é um desequilíbrio da flora vaginal, provocado pelo maior crescimento do fungo, que já existe na flora. Logo, a candidíase vaginal não é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST).
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“Na maioria dos casos a candidíase não está relacionada ao contato íntimo, mas pode ser transmitida através do contato íntimo vaginal, oral ou anal, caso o parceiro ou a parceira, esteja contaminado com o fungo. Sendo assim, o uso de preservativo durante a relação sexual é indispensável”, finalizou a especialista.