Especialistas alertam: não existe mais horário seguro para tomar sol; saiba mais

Devido a radiação máximo, também deixa de ser recomendado o banho de sol em bebês recém-nascidos e menores de dois anos

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Foto: shutterstock
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Não dá mais para  tomar o sol antes das 10h e depois das 16h, o índice de radiação hoje é bem alto. O alerta é da médica Flávia Villela, especialista em dermatologia e estética, e vai principalmente para quem já planeja férias de fim de ano agora que as vacinas contra covid-19 estão em dia para boa parte da população. Além da especialista, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) também deixou de recomendar o banho de so l em bebês redes nascidos.

Em comunicado recente, a SBP esclarece que o sol ainda é a principal fonte de vitamina D, entretanto o banho de sol sem proteção em recém nascidos faz mais mal do que bem. Isso porque se eles tem a pele mais fina e produzem menos melanina, fazendo com que se queimem com mais facilidade. Para completar, a exposição excessiva ao sol quando bebês está associada ao aumento do risco de câncer de pele na fase adulta.

A especialista afirma que o cuidado agora deve ser redobrado, principalmente depois do longo período de confinamento, no qual a pele ficou menos exposta ao sol. “A dica é sempre a proteção solar, uso do filtro solar em todo corpo, inclusive no couro cabeludo, com as roupas de proteção ultravioleta, UVA e UVB, bonés, blusas, biquínis, maiôs, vários acessórios para proteger nossa pele”, afirma. Flávia diz que, além das proteções contra o sol, é importante conferir manchas e pintas que possam ter surgido no corpo e rosto antes de tomar sol diretamente nessas áreas.

Identificando pintas e manchas

Para saber quais sinais na pele indicam perigo, a médica indica uma técnica simples de observação chamada ABCDE das Pintas. A pessoa pode fazer em casa mesmo e, identificando algum dos cinco pontos, vai saber se é hora de procurar um dermatologista. 

São eles: assimetria no formato (um lado mais que o outro); bordas (pintas redondas são normais, mas se estiverem irregulares nos cantos, pode ser um indício de que precisam de remoção); cor alterada (variedade de tons, geralmente de preto); diâmetro maior que 6 mm e evolução (mudanças em tamanho, forma, cor, casquinhas e sangramento).

“Câncer é o que mais nos preocupa, mas existem outras manchas decorrentes do do sol, sem contar o envelhecimento da pele. Se a pessoa, entretanto, tem antecedente de câncer de pele nos pais ou avós, é interessante uma avaliação de todo corpo a cada 6 meses”, diz a médica. 

Muitas vezes a situação se resolve apenas com uma pequena remoção cirúrgica da pinta ou com um procedimento de prevenção. “ Se for o caso, o médico remove a pinta e encaminha para biópsia. Há também vários tratamentos em consultório mesmo, como peeling e laser, que fazem as remoções das manchas do sol.”, aponta Flávia Villela. 

O que provoca manchas e pintas na pele? 

“As pintas são um erro de produção do nosso organismos e formam uma reação hiperplásica. São muito comuns, tem pessoas com vários tipos de pintas e não são malignas, mas tem de ser observadas”, conta a médica Flávia Villela. Já as manchas são reações diferentes e podem ou não estar ligadas à exposição ao sol. “Manchas são mais organizadas que as pintas. Também são maiores e mais diversificadas”, destaca a especialista. Ela recomenda sempre uma avaliação clínica para um veredito final sobre o risco da mancha ou pinta.

Cuidados com os bebês

Antes dos 6 meses, o ideal é evitar a exposição prolongada e direta ao sol - os bebês devem estar sempre protegidos por guarda-sóis e chapéus. Depois dos 6 meses é possível substituir essa proteção por protetor solar da categoria "mineral" ou "físico", normalmente designados como "baby". Os filtros químicos (ou infantis) podem ser utilizados após os 2 anos.