A Anvisa divulgou um aviso sobre os riscos associados ao uso de medicamentos agonistas do GLP-1 em pacientes que vão passar por anestesia ou sedação profunda. O alerta abrange os seguintes medicamentos: semaglutida (Ozempic, Rybelsus, Wegovy), liraglutida (Saxenda, Victoza), combinação de liraglutida com insulina degludeca (Xultophy), lixisenatida (Soliqua), tirzepatida (Mounjaro) e dulaglutida (Trulicity).
Os medicamentos mencionados possuem princípios ativos pertencentes à classe dos agonistas do receptor de peptídeo semelhante ao glucagon (GLP-1). A Agência alerta para o risco de aspiração e pneumonia associados ao uso desses fármacos em procedimentos de anestesia ou sedação profunda, uma vez que eles retardam o esvaziamento gástrico.
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Mais riscos de aspiração de alimentos e líquidos
De acordo com o alerta, os medicamentos para emagrecimento retardam o esvaziamento do estômago e elevam o risco de que pacientes sedados possam aspirar alimentos e líquidos, em vez de mantê-los no estômago, o que pode levar à aspiração e pneumonia.
A agência declarou que solicitou aos fabricantes a adição do alerta nas bulas e destaca a importância de os médicos confirmarem a ausência de conteúdo gástrico antes da sedação. Embora esses medicamentos sejam aprovados para o tratamento do diabetes tipo 2, eles também são utilizados para emagrecimento, pois promovem uma maior sensação de saciedade.
Necessidade de mais pesquisas, mas ainda sim é perigoso
O comunicado menciona que pesquisas internacionais ainda não confirmaram uma ligação direta entre o uso dos agonistas GLP-1 e a aspiração. No entanto, devido ao efeito conhecido desses medicamentos no organismo, é necessário alertar sobre essa possível consequência.
Portanto, os profissionais de saúde devem interrogar os pacientes que serão submetidos a cirurgias envolvendo anestesia ou sedação profunda sobre o uso desses medicamentos . Além disso, é crucial que adotem procedimentos para assegurar que não haja resíduos gástricos antes de iniciar a anestesia.
Da mesma forma, os pacientes que utilizam esses medicamentos devem informar o profissional de saúde responsável por seu acompanhamento se tiverem uma cirurgia marcada.
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