Esperança contra a dengue! Vacina do Butantan tem 89% de eficácia em casos graves
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Esperança contra a dengue! Vacina do Butantan tem 89% de eficácia em casos graves

Estudos recentes publicados na revista científica The Lancet Infectious Diseases revelaram que a vacina de dose única contra a dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantan em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Estados Unidos , oferece uma proteção de 89% contra formas graves da doença e aquelas com sinais de alerta, além de manter sua eficácia por até cinco anos após a aplicação.

Os dados recentemente divulgados consolidam as análises feitas em anos anteriores, confirmando a segurança da vacina para pessoas de 2 a 59 anos, independentemente de terem tido infecções anteriores por dengue.

Detalhes sobre testes

O artigo publicado detalha os resultados da imunização observados em 16 mil voluntários que participaram de um estudo conduzido entre fevereiro de 2016 e julho de 2019. Durante os testes, os participantes foram divididos em grupos, com alguns recebendo a vacina e outros um placebo, sem saberem a qual grupo pertenciam.

Os pesquisadores analisaram dados coletados até 13 de julho de 2021, o que proporcionou um acompanhamento médio de 3,7 anos. Durante esse tempo, o grupo que recebeu placebo apresentou um risco maior de desenvolver dengue sintomática em comparação aos vacinados.

A vacina mostrou uma eficácia de 89% contra casos graves de dengue ou com sinais de alerta, enquanto a eficácia geral contra dengue sintomática foi de 67,3%.

Aplicação em dose única e provável alta adesão

O Butantan destacou que o esquema de dose única do imunizante pode simplificar tanto a adesão quanto a logística de vacinação, ao contrário de outros imunobiológicos disponíveis, que exigem duas ou três doses.

Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde incluiu a primeira vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS), destinada a crianças de 10 a 14 anos. Até agosto de 2024, o Estado de São Paulo havia registrado 2 milhões de casos de dengue e 1.500 mortes, conforme dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

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