Às vezes, existem situações que aparecem e viram a vida das pessoas de cabeça para baixo. Em um piscar de olhos, tudo o que você sabia, ou imaginava saber, sobre o mundo e sobre você mesmo muda e pode até levar um tempo para entender o que aconteceu. Esse é o caso da britânica Georgina Gailey , que foi surpreendida com uma condição rara com a qual precisa lidar diariamente e sem previsão de melhora.
Georgina percebe a mudança
A mulher de 60 anos conversava normalmente com a irmã por uma videochamada quando percebeu que ela soava diferente. Georgina, que nasceu na Inglaterra e mora em Londres, estava falando com sotaque sueco sem nunca ter visitado o país.
É claro que a mudança a deixou confusa, então Georgina procurou ajuda médica e precisou ficar internada por semanas até obter a resposta para seus questionamentos, uma síndrome rara que só foi registrada 150 vezes pela medicina desde sua descoberta em 1907.
O raro diagnóstico
Depois de passar por uma avaliação, os médicos constataram que Georgina Gailey é vítima de uma condição chamada "Síndrome do Sotaque Estrangeiro", que causa uma forma diferente de falar o próprio idioma. Ele é descrito como a tentativa de um estrangeiro de tentar comunicar-se naquela língua, o que influencia negativamente a vida das pessoas diagnosticadas com esse raro distúrbio.
"As pessoas perguntam de onde venho e quando conto, elas riem. Eu sorrio, mas por dentro isso me deixa triste", ela contou ao jornal The Sun.
As causas são incertas
Embora especialistas apontem uma relação entre a síndrome e lesões cerebrais, não se sabe ao certo o que provoca o distúrbio . Estudos indicam que a " Síndrome do Sotaque Estrangeiro " pode ser consequência de alterações nas estruturas do cérebro, como um AVC, um traumatismo na cabeça, uma lesão do sistema nervoso central ou até mesmo um tumor . Além disso, questões psicológicas também podem influenciar o desenvolvimento da condição, mas somente mais estudos podem confirmar essas causas.
Já no caso de Georgina, os médicos suspeitam que o diagnóstico esteja ligado a um ataque cardíaco. No entanto, novamente, não é possível afirmar com certeza.
"Não sei se terei o sotaque para sempre. Quero aumentar a conscientização porque quanto mais pessoas souberem sobre isso, mais pesquisas serão feitas", completou a britânica.
Portanto, o caso de Georgina evidencia a necessidade da realização de pesquisas científicas, assim como a importância da divulgação de informações sobre saúde, para que as pessoas tenham mais consciência sobre aquilo que acontece em seus organismos .