Os fãs das Olimpíadas podem notar a frustração de alguns atletas de alto nível ao ficarem em segundo lugar. Em 2022, a patinadora Alexandra Trusova afirmou que nunca mais praticaria o esporte após ganhar a prata, ao invés do ouro. Ela não é a única. Uma pesquisa do jornal The Conversation, usando inteligência artificial, revelou um padrão: medalhistas de prata geralmente parecem menos felizes do que aqueles que ganham bronze.
Vamos entender tudo o que passa na cabeça de alto redimento quando consegue subir ao pódio, e porque eles não parecem tão felizes assim quando ganham uma tão esperada medalha olímpica.
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Qual o problema de ganhar uma medalha de prata?
A análise foi feita com fotos de 413 atletas olímpicos tiradas durante cerimônias de premiação entre 2000 e 2016. As imagens, provenientes da Biblioteca Mundial Olímpica e da agência Getty Images, incluíram atletas de 67 países. O algoritmo identificou as expressões faciais dos atletas, analisando a forma e posição da boca, olhos, sobrancelhas, nariz e outras partes do rosto que indicam um sorriso.
A análise revelou que os medalhistas de prata geralmente parecem menos contentes do que os de bronze. Isso está relacionado ao "pensamento contrafactual", em que as pessoas imaginam cenários alternativos que poderiam ter acontecido.
Os medalhistas de prata tendem a pensar "quase ganhei ouro", enquanto os de bronze pensam "pelo menos ganhei uma medalha" ou "poderia ter sido pior". Assim, os medalhistas de prata se decepcionam por não terem alcançado o ouro, enquanto os de bronze se sentem felizes por estarem no pódio.
Além disso, alguns medalhistas de prata ficam desapontados porque esperavam um desempenho melhor. No final, a análise também concluiu que - obviamente - os medalhistas de ouro exibem os rostos mais felizes de todos.
Fonte: Terra .