7 dicas para deixar a decoração da casa mais aconchegantes

Júlia Guadix, à frente do Studio Guadix, traz recomendações de revestimentos, materiais, cores, móveis e iluminação.

Foto: DA REDAÇÃO
7 dicas para deixar a decoração da casa mais aconchegantes

Segundo a arquiteta Júlia Guadix, à frente do Studio Guadix , uma arquitetura acolhedora envolve compreender cada tipo de público e espaço. O caminho é buscar os elementos que adicionam leveza, receptividade e aconchego.

“No processo do projeto, a primeira etapa é me aprofundar na história do meu cliente. Sempre falo que as pessoas são únicas, então suas casas também devem ser únicas. Gosto de me aprofundar na dinâmica da sua família, rotinas e preferências de cada um. Preciso entender o que é essencial, o que é inegociável. E assim, ao longo do projeto, consigo traduzir na casa o significado de acolhimento para cada cliente ”, explica.

Confira os pontos analisados por Júlia:

Materiais e revestimentos

Projeto de Studio Guadix. Guilherme Pucci/Divulgação

Para elaborar esses espaços afáveis, a profissional recomenda a escolha de materiais que transmitam sensação de calor – não aquele indicado no gradiente de um termômetro, mas sim sob a ótica emocional. Por exemplo, um porcelanato com padrão de madeira , assim como o tijolinho , caem muito bem em diversos locais diversos de casa.

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Projeto de Blaia e Moura Arquitetura. Fernando Crescenti/Divulgação

“Gosto de limitar os azulejos ao interior do box e atrás da bancada da cozinha e, em muitos casos apenas até a altura necessária, evitando um excesso que pode tornar o ambiente mais frio”, aconselha.

Materiais naturais como madeira e palha também se somam neste propósito, assim como texturas presentes nos tecidos de cortinas , cabeceiras estofadas, sofás confortáveis e mantas , entre outras possibilidades.

Paleta de cor para trazer aconchego

Projeto de Daniela Schmitt para a CASACOR SC 2024. Fabio Jr Severo/Growth Global/Divulgação

Quanto à paleta de cores , tons quentes tendem a proporcionar mais amparo, no entanto é possível alcançar um ambiente com linguagem semelhante por meio de tons menos saturadas e com fundo quente . Ao invés de vermelho vibrante, de acordo com a arquiteta, um tom terracota alcança um resultado muito mais acolhedor e menos estimulante.

Iluminação confortável

Projeto de Studio Guadix. Guilherme Pucci/Divulgação

Para Júlia, valorizar tanto a iluminação natural quanto a artificial é essencial. No que diz respeito às fontes de luz, a arquiteta indica sempre o branco quente, entre 2700K e 3000K , mesmo para ambientes como cozinha , lavanderia , banheiro ou escritório , e lembra que a tonalidade e a intensidade da iluminação são características diferentes e é possível iluminar bem com luzes branco quente. Ainda de acordo com ela, luzes indiretas, rebatidas no teto ou nas paredes e lâmpadas com cúpulas com filtros deixam tudo muito mais hospitaleiro.

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Acústica

Projeto de Studio Guadix. Guilherme Pucci/Divulgação

A ausência de conforto acústico é uma questão que provoca bastante incômodo. Conforme explica a arquiteta, ambientes vazios ou com muitas superfícies lisas e polidas provocam ecos que podem ser resolvidos por meio da adição de t apetes, cortinas, mobiliário e o revestimento de paredes . Já para conter os sons externos, é possível que sejam necessárias intervenções estruturais como a substituição de janelas comuns por modelos com melhor isolamento acústico.

Quarto traz cartonagem dupla nas paredes para garantir conforto acústico. Projeto de Danyela Corrêa. Erika Waldmann/Divulgação

Se o problema for o barulho derivado por vizinhos, ela indica soluções mais drásticas como método “box-in-box” que consiste em criar uma camada de isolamento no forro, piso e paredes .

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“É como se estivéssemos construindo uma caixa dentro do apartamento”, exemplifica. “Porém, em apartamentos compactos, essa estrutura acaba por comprometer a área útil, dado que perdemos de 7 a 15cm em cada contra-parede, forro ou contra piso acústico”, adverte.

Móveis confortáveis

Projeto de Studio Guadix. Guilherme Pucci/Casa.com.br

Conforme indica Júlia, a etapa do décor percorre uma linha tênue entre o minimalismo e maximalismo exacerbado, sempre com foco na concepção de ambientes que reflitam quem vive ali, mas sem sobrecarregar os sentidos.

Projeto de Rebeca de França. Denilson Machado, MCA Estúdio/Divulgação

O mobiliário também desempenha papel importante e a sugestão é optar por peças com cantos com ausência de quinas e estofados, bem como a presença sempre bem-vinda de almofadas e mantas. “Puxadores diferenciados e molduras nas portas da marcenaria também acrescentam essa delicadeza que buscamos”, analisa.

Dicas extras para um ambiente acolhedor

Projeto de Ketlin Amorim. André Nazareth/Divulgação

No capítulo objetos de decoração, a arquiteta aponta a predileção por aqueles que trazem alegria e significado afetivo como peças de família, lembranças de viagens ou fotos que registram momentos especiais. Apaixonada por plantas , ela afirma não abrir mão de tê-las dentro de casa, assim como matérias-primas como a madeira, palha e linho.

Questione as tendências

Por fim, Júlia ressalta que ninguém é obrigado a seguir as tendências se não fizerem sentido para quem vai viver ali . “Temos visto muitas poltronas e sofás mais arredondados, robustos e com texturas agradáveis como buclê ou veludo que são especialmente acolhedores, ainda mais no clima frio. Tons de terracota e elementos com estética dos anos 1970 também estão em alta e trazem um charme especial. Essas são características que trazem aconchego. Então, se te brilhar os olhos, aproveite que temos bastante opção de móveis e decorações para trazer acolhimento para a sua casa”, finaliza.

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