Casa de campo de hóspedes tem teto com madeira de demolição e piso de pedra ardósia
A casa de hóspedes de campo pode abrigar até seis pessoas e foi projetada do zero pela arquiteta Fabiana Cyon, em parceria com a arquiteta Ana Paula de Castro.
Localizada em Itaipava, esta casa de hóspedes
com 160 ² (sendo 67 m² de área construída) tem capacidade para acomodar confortavelmente até seis pessoas
e foi projetada do zero pela arquiteta Fabiana Cyon
, em parceria com a arquiteta Ana Paula de Castro
, para servir de apoio à casa de campo dos sogros da Fabiana.
“Além do desejo de ter mais espaço para receber confortavelmente os amigos e a família composta por dois filhos casados e cinco netos, eles também queriam que o teto fosse forrado com madeira de demolição
. Arrematamos um lote generoso de lambri
de peroba-do-campo e usamos a sobra do material para fazer boa parte dos armários e a cabeceira da cama
de um dos quartos
”, conta a arquiteta.
Como a casa principal do terreno tem tijolinhos pintados de branco
, as arquitetas decidiram construir a casa de hóspedes com tijolos aparentes
, em tom natural terracota
, criando, assim, uma unidade estética no conjunto arquitetônico. Para a cobertura, usaram um sistema construtivo eficiente, de montagem rápida, com material mais tátil
que remetesse à uma casa de campo
: um telhado em vigas de MLC
(madeira laminada colada, de reflorestamento, com origem certificada), que é mais leve que o convencional e permite criar grandes vãos.
“Com a base da casa já construída, entre fundações, alvenarias e instalações, a montagem da cobertura, incluindo a aplicação das telhas metálicas, levou apenas duas semanas”, revela Fabiana. “Também aproveitamos o leve declive do terreno para elevar um pouco o piso da casa. É uma boa estratégia para lugares úmidos, como a região serrana do Rio”, pontua Ana Paula.
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Na varanda
lateral, foi projetado um muro de pedra bruta vazado no meio
(com um pranchão de madeira na base), não só para delimitar a área da varanda
como também proteger este espaço da proximidade com a rua. Para que as varandas externas e o interior da casa ficassem melhor integrados, todo o piso foi revestido em pedra ardósia
, material natural fácil de encontrar e de custo mais acessível que funciona nas duas situações. “Usamos placas grandes, de 90x90cm, para caber na modulação da varanda frontal”, detalha Fabiana.
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No geral, o conceito do projeto buscou implantar a nova construção de forma discreta, com o mínimo de interferência no jardim
existente no terreno, criado na década de 1960 e hoje repleto de árvores e plantas antigas bem consolidadas.
O resultado é um pequeno pavilhão em tijolo natural aparente por fora e paredes pintadas de branco por dentro
– com acesso através de portas-camarão de madeira
, sobrepostas a portas de correr
deslizantes – composto por duas suítes interligadas por uma porta de correr
, lavatório compartilhado e banheiros
separados, além de varanda frontal e lateral, com estar e bancada gourmet.
Na decoração, de estilo atemporal, todos os móveis utilitários, como as camas e mesinhas de cabeceira, são novos e foram adquiridos no Ateliê Fernando Jaeger, priorizando peças de linhas mais simples e neutras.
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Já os itens de decoração, entre tapetes
, tecidos, quadros e objetos, são do acervo pessoal da família. Nos banheiros
, as arquitetas também usaram materiais tradicionais e simples, com destaque para as bancadas em mármore
branco nacional e a área do chuveiro, que foi revestida com pastilhas brancas, de 5x5cm.