É claro que os relacionamentos são da conta dos envolvidos, mas há casos em que aconselhar uma das pessoas faz parte, principalmente se é a sua amiga que está sofrendo por atitudes cometidas por um boy lixo.
No Big Brother Brasil 21 , o relacionamento entre Carla Diaz e Arthur vem sendo bastante criticado, dentro e fora da casa. Tudo porque o comportamento do crossfiteiro, tachado como "moleque" e "infantil", não condiz com uma relação saudável.
No início da relação não é fácil para a vítima identificar o que está acontecendo. Porque o abusador só vai mostrar a sua verdadeira personalidade ao longo do tempo, quando a pessoa já estiver envolvida e apaixonada.
"Primeiro o abusador seduz, conquista e depois passa a ter um comportamento controlador, a ponto da mulher se anular por completo, agir e fazer apenas o que ele quer e como ele quer. Com isso, a vítima vai perdendo a sua própria identidade", afirma Marilene Kehdi, psicóloga.
Neste caso, é importante a ajuda de uma pessoa próxima para a vítima se reerguer, por isso, saiba como intervir:
Fazer ela entender que está em um relacionamento abusivo
As vítimas em sua grande maioria sofrem de dependência emocional. Dependem de um vínculo. "Neste caso, é importante que pessoas próximas, de confiança, apontem, conversem sobre o tipo de relação que ela está envolvida e a ajudem, incentivem a refletir e buscar apoio da sua família para conseguir romper e sair dessa relação ", aconselha a profissional.
Aponte os fatos
Quanto mais a pessoa fica em um relacionamento desses mais vulnerável e confusa se torna. "Vive uma percepção distorcida da sua realidade, acha que o abusador quer o bem dela. E que ela é que está errada. Neste momento, apontar os fatos é extremamente necessário".
Ajuda psicológica
Também é importante buscar ajuda de um psicólogo para resgatar sua autoestima, auto confiança, tratar e se curar da dependência emocional. Como orienta Marliene: "Sem ajuda dificilmente as vítimas conseguem romper ssa relação, e isso acontece por vários motivos, entre eles: amor, acreditar que haverá uma mudança no comportamento do abusador, medo, vergonha, dependência financeira , por não receber apoio da família, por não acreditar que consiga ter outro relacionamento".
Consultoria: Marilene Kehdi, psicóloga e especialista em atendimento clínico