Eli Iwasa é um nome que vibra em duas frentes poderosas: nas cabines de som dos principais clubes de música eletrônica e agora no mundo da moda com sua nova coleção lançada pela Pornograffiti.
Sua trajetória no entretenimento, marcada pela ousadia e por desbravar um mercado dominado por homens, reflete na maneira como se veste e cria, conectando seus gostos pessoais ao que apresenta para o público. E, claro, essa conexão fica evidente na mais recente collab com a marca.
Inspirada na faixa "Hot Stuff", do icônico álbum Bad Girls de Donna Summer, a coleção nasceu com uma atitude forte e uma estética vibrante. "Não foi só a música, mas também as letras e toda a atitude que esse álbum reflete. Tudo isso foi super importante para a concepção da coleção. Além disso, o que gosto de vestir, tanto no dia a dia quanto em minhas gigs, foi traduzido nas peças", conta Eli. Ela também revela um lado mais íntimo que permeia as criações: "Detalhes super pessoais, como minha proximidade com o universo BDSM, estão presentes em cada peça."
Moda com batida eletrônica
A coleção é resultado de uma parceria que já vinha se desenhando há algum tempo. Eli, fã assumida da Pornograffiti, sentiu que finalmente era o momento certo para transformar essa paixão em algo tangível. "É um sonho antigo. A amizade com a marca começou naturalmente, porque somos fãs uns dos outros, e sempre amei vestir a Porno. Finalmente, chegou a hora! Não poderia estar mais feliz com uma coleção linda, que me representa, criada com tanto carinho junto com a Porno e meu time", diz, emocionada.
Mas Iwasa não é apenas uma DJ ou uma figura da moda. Ela também é uma mulher de negócios. Sócia de grandes clubes do país e uma das principais figuras por trás de noites eletrônicas lendárias, Eli construiu um império no entretenimento. E, como única mulher na sociedade de seus clubes, o caminho não foi fácil. " Lido com machismo e misoginia o tempo todo , mas hoje isso se torna mais velado. Ainda sinto que tenho pouca chance de errar, e ser assertiva sem ser taxada de durona é um desafio. Mas honestamente, sempre foi assim nesses 25 anos de carreira", reflete.
Mulheres na cabine
Uma verdadeira pioneira, Eli sempre buscou espaços onde pudesse criar e inspirar. "Eu sou essencialmente DJ. É o que faz meu coração bater mais forte. Tudo começou com o desejo de compartilhar música e momentos na pista", diz. E o cenário feminino na música eletrônica, especialmente no techno e no house, vem crescendo. "Fico honrada de ser chamada de percussora. Quando comecei, não imaginava que estaria aqui até hoje, e ser DJ parecia um sonho inatingível."
Eli sente que a cabine é seu lugar mais verdadeiro, apesar de todas as responsabilidades que também acumulou com seus clubes e selo. "Sou feliz mesmo na cabine e na pista de dança", confessa.
Retorno triunfante ao Rock in Rio
Em 2024, Eli subiu ao palco do Rock in Rio pela terceira vez, algo que ela ainda considera surreal. "Cada apresentação no Rock in Rio é especial. Fazer parte do maior festival do país carrega muitos significados para qualquer artista brasileiro. Esse ano, toquei b2b com o Ratier e pegamos a pista do New Dance Order lotada, com fãs de todo o país reunidos no front", relembra com brilho nos olhos.