Conheça alguns estilos que ascenderam da cultura negra e periférica e que agora estão ganhando o mundo
Provavelmente você deve ter se inspirado em alguma atriz de novela ou em uma personalidade da internet que você segue. Essas pessoas aparecem com um visual ousado e inovador, que te faz querer imediatamente imitar elas, mas às vezes esse look irreverente não passa de um estilo periférico e negro que saiu da marginalização.
Devido ao olhar racista e elitista da sociedade, estilos usados por pessoas pretas e pobres costumam ser mal vistos socialmente, até que pessoas da elite e da gringa comecem a usar esses visuais, como se fosse algo novo e super estiloso.
Quem esteve por dentro das redes sociais acompanhou inúmeros famosos como João Guilherme e o cantor Biel fazendo o cabelo “nevou”. Esse estilo foi a sensação durante o natal e o ano novo, sendo amplamente divulgado como uma nova moda inovadora. Entretanto, ela não é nada nova, o “nevou”, não é nada menos do que o loiro pivete tanto usado nas periferias e que por muito tempo foi associado até mesmo com a criminalidade.
Chamado de sport life na gringa, essa moda está roubando o coração dos estrangeiros europeus e norte americanos consiste em usar camisetas de times de futebol no dia a dia, como parte do look, algo extremamente comum na cultura brasileira e que sempre foi criticada por especialistas de moda. Agora, ela se tornou a última tendência, presente até mesmo em desfiles de moda como o da grife Balenciaga.
Para mulheres negras, usar parte de sua cultura ancestral não é algo nada fácil, durante anos essas mulheres foram obrigadas a alisarem os seus cabelos e eram ridicularizadas por usarem transas africanas, ouvindo insinuações de como seus cabelos eram sujos e nada profissionais. Contudo, nos últimos anos as tranças ganharam o gosto das influencers de moda, transformando o olhar das pessoas sobre esses penteados.
Associado com criminalidade por muito tempo, o risquinho de sobrancelha nasceu com os estilos mandraka e cria visuais extremante comuns dentro das periferias. Agora essa “falha” na sobrancelha aparece em diversas classes sociais, como um sinônimo de modernidade e de um visual despojado.
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