Babá: vantagens e desvantagens

Confira os prós e contras de deixar seu filho com uma babá e saiba que pontos considerar na hora da escolha

Foto: Arquivo pessoal
Maíra Habimorad queria que sua filha Stella tivesse atenção exclusiva desde o começo

Vantagens

Praticidade. Não é preciso deslocar a criança para outro ambiente ou enfrentar trânsito. A babá respeita um horário pré acordado com a família, que seja vantajoso para a mãe poder trabalhar.

Cuidado exclusivo. Se a criança tiver mal estar, estiver suja ou com fome, ela será prontamente atendida, o que é especialmente importante nos primeiros meses de vida. A diretora de recursos humanos Maíra Habimorad, 30, voltou a trabalhar logo que sua primeira filha Stella, hoje com 1 ano e 3 meses, nasceu. “Era importante que ela tivesse essa atenção toda no começo”, defende ela. Além desse ponto, a maioria das creches não aceita bebês com menos de quatro meses e mulheres que não têm direito à licença maternidade têm na babá um excelente recurso.

Prevenção de doenças. Além de a criança estar em um ambiente conhecido e familiar a ela, é mais fácil controlar o contágio de doenças, com a manutenção da limpeza e limitando o contato com outras pessoas.

Desvantagens

Falta de confiança. Se a mãe não tiver confiança de que a criança será bem cuidada, é melhor optar por outra forma de auxílio. Para ficar tranquila, Maíra contratou uma babá com excelentes referências e chamou a empregada doméstica da família para acompanhar seu trabalho nos primeiros meses. “Não ia conseguir deixá-la com uma pessoa estranha sem supervisão por um período inteiro”, explica.

Custo.
A opção por babá é a mais cara, especialmente se a mãe procura alguém com referências, bem treinado e realmente especializado.

Transferência e relação íntima com a babá. Não são raros os casos de babás que querem agir como mães e mães que temem perder o amor dos filhos para a babá. Maíra fez questão de procurar uma profissional que tivesse uma postura adequada. “Ela não tenta me substituir e ajudou a Stella a saber quem é a mãe”, conta. Carinho na medida – “nem abraço e beijo demais e nem de menos”- e consciência dos limites com a casa e com a criança foram pontos que Maíra acha indispensável – e nem sempre são respeitados pelas babás.

A psicóloga Adela, no entanto, diz que são raros os casos em que a criança passa a preferir a babá à mãe, quando esta volta para casa. “O problema nesse caso não é a criança ter estabelecido um laço amoroso com seu cuidador, mas é preciso que ver o que acontece na relação dessa mãe com esse filho”, diz. Apesar disso, a psicóloga adverte as mães que não levem tão a sério algumas pequenas estratégias de seus rebentos. “Às vezes acontece de a criança ‘se vingar’ da mãe e não querer ir com ela. É seu modo de dizer ‘você foi embora agora eu te abandono’. A mãe deveria brincar esse jogo proposto pela criança, sem se sentir ofendida ou abandonada”, conclui.

Faltas e trocas. Quando a babá é a única pessoa que pode ficar com o bebê na ausência da mãe, é indispensável que ela seja uma profissional dedicada e responsável. Mesmo assim, imprevistos podem acontecer e, se a babá faltar, a mãe inevitavelmente faltará no trabalho também. Babá mal escolhida ou mal treinada pode levar a sucessivas trocas, o que gera um grande desconforto para o pequeno. “A criança estabelece um laço afetivo muito forte com o cuidador e cada mudança lhe produz muito sofrimento”, diz Adela.
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