As seis mentiras que os pais mais contam para os filhos

Mesmo sem perceber, uma mentirinha vem à tona de vez em quando. Especialistas apontam as invenções mais usadas e como evitá-las

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“Filho, volto logo”. É essa a mentirinha que a professora Cristiane Crepaldi vira e mexe conta ao filho Pedro quando sai para trabalhar e sabe que demorará a voltar. “É uma mentirinha inocente e funcional, melhor do que sair escondida e deixar a criança sem entender como a mãe sumiu”, diz.

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De fato, não é das piores. Mas a psicopedagoga Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), indica dar um referencial para a criança, como dizer que volta até a hora do almoço. Assim, ela pode formular um conceito para a palavra “logo”.

A frase empregada por Cristiane é uma das mentirinhas mais usadas pelos pais. Com a ajuda de Quézia Bombonatto e mais três especialistas no assunto – a psicóloga e psicoterapeuta familiar Ana Gabriela Andriani, a psicóloga Kátia Teixeira, da Clínica EDAC, e a psicóloga infantil e orientadora educacional Paula Pessoa Carvalho – reunimos as seis lorotas aparentemente inofensivas que os pais mais contam aos filhos. Conheça-as abaixo e veja como deixar de contá-las às crianças.

1. “Não vou comprar porque não tenho dinheiro”. Na realidade, você tem dinheiro e é possível que a criança o veja em sua carteira. Melhor dizer que não é o momento ideal para comprar aquele brinquedo, por exemplo. Época de ganhar presente é no aniversário ou no Natal.

2. “Prometo que te levo ao parque no fim de semana que vem”. Prometeu, tem que cumprir. Muitas vezes os pais prometem, mesmo não pretendendo realizar. E depois reclamam dos políticos.

3. “Fala que eu não estou”. Mesmo que a mentirinha não seja exatamente para o filho, essa atitude quando ele atende um telefonema indesejado pode confundi-lo. Você está em casa, então é melhor pedi-lo para dizer que não pode atender naquele momento.

4. “Não faça isso que o homem do saco vem te pegar”. Muitos pais recorrem a esse tipo de personagem – que também assume as formas do bicho-papão ou da polícia – quando a criança está prestes a aprontar. Não é o ideal. Os pais devem colocar os limites , evitando transferir a responsabilidade para um ser fantástico.

5. “O Totó foi para a Fazendinha dos Cachorros”. Lidar com a morte de um animalzinho de estimação ou uma pessoa próxima é sempre muito difícil. Mas é melhor tentar explicar, de maneira lúdica, que aquele ente querido não irá mais voltar. A criança irá assimilar o ocorrido com o tempo. Se não, é possível que ela fique esperando o cachorro voltar.

6. “A cegonha que te trouxe para casa, filho”. Pode ser difícil explicar a uma criança como nascem os bebês , mas os pais não precisam correr para a explicação da cegonha. À medida que a criança for crescendo, responda pontualmente às questões da criança de acordo com o surgimento delas, sem dar justificativas. E, na medida do possível, de maneira lúdica.

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