Maíra Cardi desabafa sobre maternidade e diz não se considerar uma boa mãe

Influenciadora relatou os traumas de uma maternidade solo e que criou seu filho mais velho, Lucas, com ‘muito custo’

Maíra Cardi Nigro e a filha caçula, Sophia Cardi Aguiar
Foto: Reprodução/Instagram
Maíra Cardi Nigro e a filha caçula, Sophia Cardi Aguiar

Maíra Cardi usou as redes sociais, nesta terça-feira (16), para fazer um desabafo sobre a maternidade e os sacrifícios que uma mãe solo precisa fazer para criar seus filhos. Em um vídeo em que mostra a filha Sophia, fruto de seu antigo relacionamento com Arthur Aguiar, a coach e empresária fala que não se considera uma boa mãe e que comete muitos erros, devido às próprias limitações.

“Eu errei e erro muito. Sou cheia de erros e limitações. Acho que não sou uma boa mãe, sou boa o bastante para criar meus filhos como deveria. Não tenho o dom de brincar, e me sinto muito culpada por isso! Quem é mãe entende esse sentimento de ser insuficiente”, iniciou.

Tendo sido mãe ainda na adolescência, ela disse ter criado o filho Lucas com muito custo. “Uma menina de 17 anos, pegando ônibus e metrô lotado, sendo ‘abusada’ no esfrega esfrega dos masculinos doentes, não era opcional há 25 anos. Trabalhei para pagar as contas de gente grande. Acordando às 4 da manhã, e estudando à noite e chegando à meia-noite para passar a madrugada acordada amamentando.”

“Eu não dei tempo de qualidade para meu filho Lucas. Na verdade, eu não dei tempo nenhum! Cada um dá o que tem, eu não tinha! Nós sobrevivemos, mas eu não tive saúde emocional para criá-lo como deveria! Entre uma amamentação e uma troca de fralda, ele sentia mais o gosto salgado das minhas lágrimas e a ausência da minha alma.”

Com todas as dificuldades, Maíra confessa que não era um desejo ser mãe, e que ainda carregava os traumas da maternidade solo, quando teve Sophia. “E apesar do amor incondicional de mãe, veio novamente o gosto salgado das lágrimas noturnas, pois voltou a me lembrar que eu não sou uma boa mãe e que dói demais estar sozinha. As lágrimas me lembraram de que sou carente, frustrada, fracassada, que tinha azar no amor, que era difícil pagar as contas, enquanto o peito ainda estava pendurado e com sangue pela amamentação, os pontos da cesárea ainda ardia, quando não estouravam durante as noites não dormidas e muita solidão!”

“Eu errei de novo, dessa vez com ela, que nada tinha a ver com meus defeitos e limitações! E mesmo trabalhando como um camelo para dar conta dos dois e de muitos mais, mesmo dormindo e acordando todas as noites com ela, mesmo brincando sem querer brincar, mesmo agora tendo horas do meu dia para dar, ainda assim não é suficiente!”

“Eu não sou uma boa mãe e talvez nunca seja, mas eu faço tudo que posso e não posso por eles. Eu amo meus filhos incondicionalmente, eu mato e morro por eles, eu brigo com o mundo e vou presa se for preciso. Eu faria tudo de novo para ter os dois, eles são as melhores coisas que já fiz na minha vida! Amo Vocês”, completou.