Como estimular o desenvolvimento do seu filho na primeira infância

O que será que meu bebê está pensando? Passar pelo processo de desenvolvimento de uma criança gera muitas dúvidas sobre qual a hora certa para cada processo. Além disso, requer diversos estímulos específicos que muitas vezes deixam os pais em estado de “confusão” nos primeiros anos; especialista lista os principais pontos que ajudam no entendimento da primeira infância.

Atenção na hora de ensinar e estimular os pequenos!

Os primeiros anos de uma criança são os mais fundamentais para o seu desenvolvimento. Por conta disso, é necessário ter muita atenção na hora de ensinar e estimular os pequenos. Para se ter ideia, de acordo com o Núcleo de Ciência pela Infância, os seis primeiros anos de vida são responsáveis pela formação de 700 conexões neurais por segundo. Isso faz com que seja o período mais “produtivo” para a assimilação de novas aprendizagens.

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Respeite a vontade e a individualidade da criança!

Para a especialista em Neurociência e desenvolvimento infantil do Projeto Pigmeu, Ane Macedo, é necessário entender que não basta apenas oferecer estímulos às crianças. “Precisamos entender e aceitar que cada um tem suas individualidades, seu ritmo, suas preferências. Respeitar a vontade e individualidade da criança. Existem várias formas de estimular a educação e desenvolvimento desde cedo como, por exemplo, ler, brincar ao ar livre, contar histórias, artes, brinquedos matemáticos e trigonométricos. Porém, a educação não precisa ser restrita à escola ou à creche, um mundo de estímulos e experiências pode ser oferecido dentro de casa sem muito esforço”, comenta a especialista.

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É importante entender quais estímulos o bebê pode receber!

Ainda de acordo com ela, entender como os pequenos reagem e pensar em processos que ajudem no desenvolvimento de um bebê muitas vezes é uma tarefa complicada. Para se ter uma ideia, de acordo com diretrizes divulgadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), "a primeira infância é um período de rápido desenvolvimento e uma época em que os padrões de estilo de vida da família podem ser adaptados para aumentar os ganhos em saúde". “Muitos pais ficam “perdidos nessa tarefa”, mas é preciso ficar antenado sobre quais estímulos o bebê deve receber para ter um completo desenvolvimento infantil, principalmente dos 0 aos 2 anos”, orienta Ane Macedo.

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Curiosidades

A seguir, a especialista lista 10 curiosidades sobre a primeira infância. Confira:

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Tudo o que é demais ou de menos pode atrapalhar

“Um dos principais erros no desenvolvimento infantil é a falta ou até o excesso de estímulos. Existem atividades específicas para cada fase e saber usá-las é essencial. Mas é preciso tomar cuidados com os excessos para que a criança também não fique prejudicada. Um exemplo mais contemporâneo praticado pelos pais é: fazer tudo pela criança, mesmo tarefas que elas já podem realizar sozinhas, superprotegendo o filho, isso também é prejudicial ao desenvolvimento social”, explica a especialista em Neurociência e desenvolvimento infantil do Projeto Pigmeu, Ane Macedo.

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Por meio dos estímulos é possível fazer com que a criança comece a falar antes

“Comunicação é a base do sucesso - seja ela verbal ou não. Apontar objetos e falar os nomes deles é uma boa ferramenta para estimular a fala da criança, assim como contar histórias ou conversar sobre como foi o dia. Mas é preciso não frustrar a criança com frases como "não entendo nada do que você fala". Estimule seu bebê a ser um tagarela. E, para adiantar a fala do bebê, comece a ensinar as vogais a partir do primeiro ano, essa é uma ótima estratégia”, aponta Ane.

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Não é preciso ter uma diversidade de brinquedos, mas é necessário focar nas interações

“Por exemplo: um passeio na rua, na praia, para a criança tudo é ludicidade e esse aumento da percepção de mundo que vem através das experiências é importante. Sobre os brinquedos, mais importante do que a quantidade é a proposta pedagógica do brinquedo. Quanto mais criativo e divertido ele for, melhor. As opções em que o bebê interage mais com o mundo e ao mesmo tempo cria o seu próprio "universo" são interessantes”, diz.

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Não existe hora certa, cada criança tem seu tempo

“O importante é estimular a criança para que ela desenvolva a fala e também força em seus membros inferiores e se sinta desafiada a caminhar. É completamente normal que o bebê demore até os 18 meses para andar sem que isso seja nenhum motivo de preocupação.”, afirma a especialista.

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As discussões de adultos podem gerar traumas nas crianças

“O bebê escuta e pode não entender o que significam as palavras da discussão, mas todo ser humano vem internamente com o noções de certo e errado e isso já foi comprovado por estudos que mostraram que bebês conseguem detectar uma injustiça e se posicionar internamente diante dela - mesmo sem que a comunicação esteja desenvolvida a percepção do certo e errado já existe. Por isso, o melhor é proteger a criança de interpretações equivocadas e de sentimentos nocivos como o da impotência e confusão interna na vida adulta, gerados por traumas vividos na infância”, esclarece.

Redação João Bidu

Quanto menos estímulo mais tempo o bebê leva para se desenvolver

”Os bebês precisam de estímulos certos e aplicados de forma certa. A falta ou o exagero de estímulos podem ser negativos. Além disso, o uso elevado de telas como “recurso pedagógico”. Muitos estímulos com o propósito apenas de passar o tempo e não o de educar”, complementa.

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Ler histórias para crianças antes de dormir faz toda a diferença no seu desenvolvimento

“Ler histórias ajuda na formação de vocabulário, desenvolvimento cognitivo, cria vínculos entre pais e filhos, além de incentivar a leitura. É preciso paciência e persistência. A constância será a chave para o sucesso, mas não fique frustrado nem estresse a criança caso ela não responda a certo estímulo como você gostaria. A vida é um processo, está tudo bem”, conta Ane Macedo.

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Brincar fora de casa também traz estímulos

Brincar não deve ser apenas dentro de casa. "Brincar no exterior é ótimo para quem às vezes não consegue bancar presentes muito caros, estimula não apenas todos os fatores já citados, como tem o potencial de acostumar a criança com o lado de fora e fortalecer sua independência pessoal”, diz.

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Quanto mais sentidos melhor

Quando for pensar nos presentes, compre algo que desenvolva os diversos sentidos do corpo - visão, audição, paladar, olfato e tato. “Unir os diversos sentidos em uma brincadeira é muito útil para as crianças, juntar, por exemplo, brinquedos que toquem uma música depois de encaixar uma peça, desenvolvem várias habilidades de uma só vez”, exemplifica.

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O melhor presente é estar presente

Antes de tudo, participar ativamente da vida das crianças é a melhor forma de auxiliar no desenvolvimento delas. “Ficar ao lado das crianças é essencial, apoiar seus acertos e erros, estimulando o aprendizado de maneira divertida é a maneira ideal de educar, não existe uma regra para dar presentes. Pense: você a melhor maneira de animar seus filhos que os resultados serão um jovem feliz e seguro”, finaliza Ane Macedo.

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Bruno Gall De Blasi