Tatá Werneck revelou há pouco tempo que está grávida. No início de março, a atriz e humorista falou que foi necessário ficar em repouso por alguns dias por conta de complicações na gestação. A princípio, houve uma suspeita de descolamento de placenta, mas, na verdade, ela teve um descolamento ovular.
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Tatá tem seis semanas de gravidez, por isso, o descolamento de placenta não seria possível. Esse tipo de descolamento acontece apenas após o segundo trimestre de gravidez, quando a placenta está completamente formada. De acordo com Mário Macoto, coordenador da obstetrícia da Pro Matre Paulista, em São Paulo, o descolamento ovular pode ocorrer pode ocorrer no primeiro trimestre de gravidez (12 semanas).
O descolamento acontece quando o ovo desgruda da parede do útero. "O problema é decorrente do acumulo de sangue entre o saco gestacional e a parede do útero." O médico explica que o problema pode acontecer nas primeiras 12 semanas da gestação e ser assintomático ou surgir acompanhado de sangramento vaginal e cólicas.
"O diagnóstico do hematoma é realizado por meio de exame de ultrassonografia, que aparece como uma mancha escura localizada entre o saco gestacional e a parede do útero", explica. O exame vai mostrar se há algum risco de abortamento ou se o descolamento é decorrente apenas de alguma alteração no processo de implantação ovular ou de algum vaso rompido no útero.
Por isso, é fundamental buscar o seu ginecologista e obstetra ao observar qualquer tipo de alteração durante a gestação, principalmente no primeiro trimestre. O profissional poderá examinar e dar um diagnóstico adequado, para que providências sejam tomadas.
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Cuidados com o descolamento ovular
Assim como Tatá Werneck , as gestantes que passam pelo problema devem ficar em repouso de uma semana até 15 dias, variando conforme a gravidade do caso, para evitar possíveis complicações. Também é preciso fazer reposição de progesterona, que é o hormônio responsável pela manutenção do primeiro trimestre da gestação.
Além disso, é indicado que a gestante não pratique atividade física de impacto e evite relação sexual. Muitas vezes o problema regride sozinho conforme o avanço da gestação, mas é importante o controle por meio de ultrassonografia. “Passado o susto, a tendência é que não haja maiores repercussões na evolução da gravidez ”, completa o especialista.
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Em relação ao grupo de risco, mulheres com mais de 35 anos têm mais chance de ter o descolamento ovular durante a gestação, por conta de alterações hormonais e algumas doenças de útero, como a endometrite, que é a inflamação do endométrio. Em jovens com menos de 18 anos, o risco também pode existir devido ao início da vida menstrual e útero infantil.