Mulher amamentando em café ouve de outro cliente “você está tirando meu apetite”

Ao ouvir os comentários maldosos, mãe confrontou a cliente preconceituosa

Apesar de ser um direito das mães de amamentarem seus filhos onde quiserem, ainda existe muito estigma sobre o ato, que, inclusive, ainda é sexualizado por muitas pessoas. Uma mulher amamentando em um café no Reino Unido ouviu de outro cliente que o ato estava fazendo-a “perder o apetite”.

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Uma mulher amamentando não deve se sentir constrangida, defende mãe que sofreu preconceito em café
Foto: shutterstock
Uma mulher amamentando não deve se sentir constrangida, defende mãe que sofreu preconceito em café


O episódio aconteceu com Nikki Davis, de 32 anos, que estava alimentando sua filha, Dulcie, de oito semanas, e teve de ouvir que uma mulher amamentando em público era algo nojento de outra cliente no café que frequentava.

Os comentários maldosos sobre a mãe fizeram com que Nikki começasse a chorar de tristeza e humilhação em meio ao estabelecimento.

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Ao tabloide britânico “Daily Mail”, ela detalhou o ocorrido: “Eu encontrei com duas amigas minhas. Recentemente nós todas havíamos tido filhos então queríamos nos encontrar para conversar e nos apoiar. Foi quando ouvi uma mulher nos descrever para a família dela como a ‘brigada mamária’ e anda dizer que nós estávamos ‘tirando o apetite’ dela por estarmos amamentando”.

Mulher amamentando: mãe reage

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Nikki Davis diz que preconceito contra mulher amamentando desencoraja a amamentação entre outras mulheres


Apesar de chateada com o comentário, Nikki e as amigas decidiram não se calar e confrontar a cliente preconceituosa. “A mulher respondeu que ela achava ofensivo [amamentarmos em público] e que deveríamos alimentar nossos bebês no banheiro. O incidente todo  prejudicou muito minha auto-confiança como alguém que acabou de se tornar mãe”, disse.

Além disso, Nikki falou de como esse tipo de atitude desencoraja muitas mães a escolher amamentar. “Num país como o Reino Unido que tem uma das menores taxas de amamentação do mundo [o Brasil, por exemplo, tem uma taxa de amamentação exclusiva até os seis meses que é mais do que o dobro do que acontece no país europeu], apesar de todos os benefícios comprovados do ato para a mãe e o bebê, não podemos desencorajar as mulheres”, defende.

Agora Nikki está usando sua experiência para estimular estabelecimentos a se registrarem como “baby friendly” (amigáveis para bebês, em tradução literal), para acolher mães, também avisando outros clientes - não mães - de que aquele é um ambiente em que a  amamentação pode ocorrer livremente e, assim, evitar que qualquer outra mulher amamentando passe pelo mesmo constrangimento que ela passou.