Mãe com hiperlactação doa cerca de 600 galões de leite materno
"Essa é minha forma de ser ativa na comunidade e retribuir ao mundo tudo o que tenho. É um trabalho de amor”, diz a mãe que é doadora de leite materno
Por iG Delas |
Quando a norte-americana Elisabeth Sierra ficou grávida da primeira filha, ela tinha uma certeza: queria doar leite materno. “Eu não fazia de ideia de quanto meu corpo iria produzir e não sabia como fazer isso, mas tinha certeza que era algo que eu queria fazer”, escreveu no Facebook.
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Seguindo seus planos, ela conseguiu doar leite materno quando a primeira filha nasceu, em 2014, mas foi apenas após o nascimento da segunda filha, Sophia, que a doação tornou-se ainda mais frequente na vida de Elisabeth.
Como o trabalho de parto foi muito complicado e durou cerca de 30 horas, a mãe estava muito cansada e não conseguiu amamentar a pequena. Por conta disso, ela precisou recorrer ao banco de leite do hospital nos primeiros dias de vida de Sophia. O fato foi uma das motivações para ela continuar na ideia de doar leite.
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Além disso, a norte-americana conta que foi diagnosticada com hiperlactação – síndrome que aumenta em grande quantidade a produção de leite – o que contribuiu consideravelmente para que ela doasse ainda mais.
Doadora em tempo integral
De acordo com o relato de Elisabeth, em dois anos e meio extraindo leite ela calcula ter doado cerca de 600 galões da bebida, algo que equivale a mais de 2,3 mil litros. “Além de amamentar a minha filha, eu extraio aproximadamente 6,5 litros por dia”, explica. Metade do leite doado é encaminhado para bancos de doação, que abastecem todo o país, e outra metade para mães que vivem na mesma cidade que ela, em Beaverton, em Oregon, nos Estados Unidos.
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Ela também conta que ganha US$ 1 a cada 30 ml doados aos bancos de leite. Apesar disso, ao contrário do que costumam imaginar, ela não consegue guardar esse dinheiro. Grande parte do que recebe é investido em geladeiras, bombinhas para retirar e embalagens para armazenar o leite materno. “Essa é a minha forma de ser ativa na comunidade e retribuir ao mundo tudo o que tenho. É um trabalho de amor”, disse em entrevista ao site “People”.