"Nos culpamos, só que essa mãe perfeita não existe", diz Carolina Kasting
Atriz é mãe de Cora, de 11 anos, e do pequeno Tom, de 3 meses, e usa as redes sociais para compartilhar momentos e dúvidas sobre a maternidade
#Maternidadereal. Essa é uma hastag bastante usada por Carolina Kasting em suas redes sociais. A atriz é mãe de Cora, de 11 anos, e do pequeno Tom, de 3 meses, e em um papo com o Delas fala sobre mudanças e dúvidas que aparecem com a chegada do segundo filho
e o julgamento que sempre há na sociedade.
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"Cada filho é um filho e com o Tom tive uma nova experiência. Minha vida passou a ter um sentido maior com a chegada dos meus filhos", fala Carolina Kasting . Entretanto, nem todas as mulheres encaram a maternidade dessa maneira. É comum casos de depressão pós-parto e mães que levam um tempo para se acostumar com o novo papel . Outras se entregam completamente ao filho desde o primeiro segundo de vida dele.
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"Percebo o quanto é importante que as mulheres falem sobre as questões da maternidade, porque os bebês são diferentes, mas as experiências são muito parecidas", afirma Carolina. "O julgamento vem da sociedade de maneira geral e, nós, mães nos culpamos por não sermos 'a mãe perfeita'. Só que essa mãe perfeita não existe".
"Os filhos sempre apresentam desafios. A fase inicial é sempre difícil. Me preocupo com essa imagem de uma maternidade idílica, perfeita e cheia de amor. Essa imagem só faz com que a gente pense que é só com o nosso filho que é difícil. Por isso, #maternidadereal. Somos humanas e enfrentamos dificuldades", completa.
Cada filho é uma realidade
E depois de passar pela chegada do primeiro filho, não pense que tudo será igual com o segundo. Alguns irmãos significam experiências parecidas para os pais, mas o que se escuta é que o segundo filho é completamente diferente do primeiro. Enquanto o mais velho dormia a noite inteira, o caçula é mais madrugador. Um é mais quieto e o outro, bagunceiro desde o berço.
Carolina também passou por isso. Os dois filhos da atriz tiveram, por exemplo, processos diferentes em relação a amamentação . "Amamentei a Cora até os 6 meses. Com o Tom foi diferente. Com 3 meses tive que entrar com complementação porque ele estacionou no peso. Todas essas descobertas são difíceis para as mães. A maternidade é um eterno exercício de aceitação do outro. Tenho muita vontade de escrever um livro sobre isso", fala a atriz.
Mais uma vez, ela faz questão de ressaltar que cada caso é um caso e que ninguém deve julgar o outro porque, por exemplo, não conseguiu ficar apenas no leite materno por muito tempo. "Amamentar é muito importante e é importante que você faça com amor. Mas tudo é tão complexo. Você não pode dizer que uma mãe que não amamenta seu filho, não o ama, e também não pode dizer que uma mãe que amamenta seu filho, o ama. O amor se dá na subjetividade. As ações podem estar cheias desse amor ou não. O que precisamos, sempre, é de suporte e apoio para superarmos as dificuldades dessa fase inicial da vida de nossos filhos e amá-los".
Ciúmes de irmão
Outra questão que ronda as famílias com a chegada do segundo filho é o ciúmes. Cora já era uma criança quando Carolina engravidou de Tom. Agora, na pré-adolescência, ela ajuda a cuidar do irmão.
A atriz defende que o diálogo é o melhor caminho. "Aqui em casa sempre conversamos sobre tudo. Conversar com a criança é sempre o melhor. Quando Tom nasceu e desde a gravidez, conversamos com a Cora sobre ciúmes. Não sentir ciúmes seria impossível, então combinamos que toda vez que ela começasse a sentir, na hora, ela falaria, estou com ciúmes e a resposta seria um grande abraço apertado. Digo que a amo também. E que coração de mãe tem sempre lugar para mais um. O amor sempre soma, nunca divide, ensino para ela".
Maternidade é...
Depois de dois filhos, Carolina Kasting se mostra plena e de volta à rotina. Ela retomou as atividades físicas quando Tom tinha um mês, por exemplo. E para ela, maternidad é "aceitar o outro como ele é e amá-lo incondicionalmente porque ele faz parte de você".