"Ele é tão amável, mas o autismo consome nossas vidas" diz mãe
"Eu gostaria de beijá-lo e colocá-lo na cama e encontrá-lo lá pela manhã, mas ele sempre levanta todas as noites. Já tentei de tudo para manter ele na cama, mas nada funciona", diz
A escocesa Natalie Welsh é mãe de Olly, um garoto de cinco anos com autismo severo. Ela desabafa sobre as dificuldades de lidar com a condição do filho que tanto ama.
"Gostaria que ele fosse normal e não tivesse autismo, pois isso está o colocando em perigo", conta ela, ao jornal DailyMail. O pequeno já colocou fogo na cozinha e inundou o banheiro, além de ter aberto uma janela e quase saltado dela, deixando Natalie em pânico.

Natalia diz que teme pela integridade dele e também pela própria, por causa da intensidade dos sintomas da condição. Por causa da preocupação e pela atenção constante, a escocesa de 31 anos dorme poucas horas por noite, pois fica apreensiva com a ideia de Olly se machucar ou machucar alguém da família.
De acordo com o jornal, Natalia está desesperada por ajuda e está fazendo uma campanha para levantar fundos para comprar uma cama segura para Olly, de forma que ele não escape durante a noite e permita que ela e a família consigam dormir tranquilos.
"Olly é tão amável, mas o autismo está consumindo nossas vidas. É muito desgastante", diz. "Eu me sinto muito mal falando isso, mas eu detesto, eu gostaria que ele não tivesse autismo", desabafa.
O Transtorno do Espectro Autista pode causar uma variedade de sintomas e tem diversos tipos de gravidade. Normalmente causa problemas de interação social e comunicação e muitas pessoas com essa condição também têm dificuldades sensoriais e sensibilidade diminuída.
Natalie conta que ela sabia que alguma coisa não andava bem com o filho desde que ele era bebê. Olly não conseguia manter contato visual com a mãe. Além disso, ele alternava momentos no qual era muito calado com outros de hiperatividade. De repente, também ficava focado em alguma coisa por um tempo.
"Ele é muito inteligente, quando ele tinha dois anos ele aprendeu a desmontar o berço e deixou as partes no cercado [que o protegia]. Ele já teve seis camas dentro de dois anos", diz a mãe. O garoto, desde bebê, conseguia passar através do cercado.
"Eu coloquei dois cercados juntos, um depois do outro, amarrei com com cabos e corrente de bicicleta, cobri com um lençol, para evitar que ele subisse, mas ele continuou fazendo isso".
"Eu gostaria de beijá-lo e colocá-lo na cama e encontrá-lo lá pela manhã, mas ele sempre levanta todas as noites. Já tentei de tudo para manter ele na cama, mas nada funciona", diz.
Natalie conta que tentou ler livros para ajudá-lo a pegar no sono, mas somente a presença dela já mantém Olly acordado.
"Eu não quero que as pessoas me vejam chorando, mas às vezes eu me sinto desamparada".
Algumas pessoas aconselharam Natalie a simplesmente fechar a porta, mas ela conta que Olly começa a jogar objetos. A mãe está temerosa que o comportamento dele esteja impactando a filha da mesma forma que a impacta.
"Gostaria de dar mais atenção para minha filha, mas eu uso muito do meu tempo tentando manter o Olly em segurança".
"Olly precisa de uma cama que o mantenha seguro durante toda a noite, já que ele é muito esperto e pode se colocar em perigo", diz. Ela conta que a cama que ela busca comprar para o filho é desenhada com propósitos sensoriais e o espaço interno vai trazer um senso de calma para o pequeno.