Crise conjugal: como enfrentar

Ela acontece com qualquer casal e precisa ser avaliada com cuidado. Descubra como saber se ainda vale a pena manter a relação ou se ela já foi por água abaixo
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A relação parece um mar de rosas até que tudo começa a desmoronar. É claro que uma briguinha de vez em quando não é sinal de crise conjugal. E para entender onde o calo aperta, é importantíssimo reconhecer e organizar os seus desejos para consegui realizá-los. Fomos motivados socialmente a nos encolher; esconder em cavernas obscuras nossas reais intenções ou sentimentos e nos transformamos em um ponto de interrogação para o outro. O não conhecimento de si mesmo acarreta estas disfunções, explica a psicóloga e palestrante especializada em Terapia Integral, Lisies Jacintho.

Se você sente que os conflitos estão constantes, preste atenção no comportamento do casal, que pode ser sintoma de um relacionamento que não foi muito bem trabalhado. Muita raiva acumulada gera mágoa e as pessoas começam a se isolar e a reclamar de tudo. Acontece então o negativismo que assola qualquer relação, provocando brigas e ofensas. E muitas vezes elas ficam sem explicação, porque são acúmulos de sensações que não foram bem vivenciadas, esclarece a psicóloga.

Mulher x Homem

Mulher é mais sensível, sim! E isso também pode ser um problema. Essa hipersensibilidade é um exagero de emoções, que acabam se confundindo e é capaz de fazer qualquer senhorita perder a cabeça. O que acontece depois?

Culpa. A vontade de dirigir tudo deixa a mulher controladora. Ela se coloca de lado para atender ao outro e depois cobra. Fica extremamente exigente e assim gera insegurança de si mesma. Surge, então, tristeza, ansiedade e depressão, comenta Lisies.

A advogada Beth L., 34 anos, sabe bem o que é isso. A primeira crise veio no segundo ano de casamento. Passei os dois primeiros anos acompanhando todos os planos e sonhos do meu marido. Até que comecei a notar que não havia reciprocidade. Virei uma louca controladora e obsessiva. Era cobrança atrás de cobrança, desabafa.

Até receber um chacoalhão: Depois de conversas estressantes percebi que o erro era meu. Eu percebi que a escolha foi minha. Ele nunca tinha imposto esse tipo de atitude e acho que nem gostava daquilo. Assumi o meu erro e comecei a valorizar um pouco mais a minha vida. Desde então a relação se renovou e somos mais maduros e mais felizes, comemora.

A falta de diálogo

Discutir a relação é, apesar das queixas masculinas, definitivamente importante. Claro que a ideia é discutir no sentido de conversar, entender o outro, abrir a mente para o novo. E não soltar os cachorros, sem nem ouvir o que o parceiro tem a dizer. A terapeuta alerta: A falta de diálogo é a causa principal para enroscar o crescimento da amizade do casal. Na amizade diante de tudo é que se chega a um bom termo. Se apegar a uma opinião já formada distorce o sentimento e gera uma ideia fixa. Não proporciona o bom escutar do outro para ver o significado do que está acontecendo.

A terapia ajuda?

A resposta é clara: sim! A manutenção em se conhecer é um processo extremamente valioso e importante para entender os conflitos que surgem na relação. Cada um tem sua parte sombria que precisa ser descoberta e trabalhada com acolhimento para ser revelada como parte boa, ou seja, encontrar no núcleo da dificuldade o que pode ser transformado em prazer produtivo e útil à pessoa em questão.

Quando esta parte escura não é percebida pela própria pessoa e, consequentemente, não é trabalhada, ela tende a jogar para fora em cima da pessoa mais próxima ¿ no caso, o parceiro, que é colocado como bode expiatório desta situação. Do outro lado acontece a mesma coisa. Aí é só encrenca, como se fosse um jogo de pingue-pongue, explica a especialista.

Quando chega a hora de terminar

É importante, durante a crise, lembrar dos motivos que levaram vocês a ficarem juntos. A partir do momento que este significado perde o sentido de crescimento é porque aquele ciclo já acabou, ou uma das partes não está disposta a se aprofundar nas situações que a vida lhe propõe, complementa a psicóloga.

Ficar em paz com você mesma e com o outro é o foco de qualquer relacionamento bom. Lisies acrescenta: Ouvir; ver de forma ampla e com cautela para se respirar; dar o tempo necessário para entender e discernir com coragem qualquer assunto colocado, seja ele qual for, é sempre uma boa posição.

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