Elas contam tudo sobre criação de conteúdo adulto por assinatura

Homens e mulheres descobriram que, em vez de mandar nudes de graça pela DM do Instagram, poderiam fazer disso uma fonte de renda

Elas contam tudo sobre criação de conteúdo adulto por assinatura
Foto: Pexels/Rodolfo Clix
Elas contam tudo sobre criação de conteúdo adulto por assinatura

A venda de material erótico na internet tem se tornado cada vez mais popular no Brasil e no mundo. As pessoas descobriram que, em vez de mandarem nudes ou fotos sensuais de graça na DM do Instagram, poderiam fazer disso uma fonte de renda. É o caso de famosos como Anitta, Thomaz Costa, Tati Zaqui e MC Mirella.

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No mês passado,  Tatá Werneck voltou às telinhas para dar vida a Anely, uma mulher que fatura alto fazendo  strip teases em sites adultos, na nova novela das nove, Terra e Paixão. Antes disso, as plataformas de conteúdo adulto por assinatura já tinham sido inspiração para o hit "Novinha do Onlyfans", de Kadu Martins e Xand Avião.


Na vida real

A influenciadora Maitê Sasdelli decidiu criar uma conta no OnlyFans como uma forma de alcançar a independência financeira. Hoje, o site é a sua única fonte de renda. Ela cobra US$ 15 mensais pela assinatura e diz que chega a faturar de US$ 5 mil a US$ 8 mil por mês. "Eu vendo conteúdo sensual e até explicito, de acordo com o que o cliente pede", conta.

Maitê afirma que não esconde o rosto e que sua família sabe e apoia suas escolhas. "Os comentários vêm de gente que não me conhece, então eu não me importo com as opiniões". A fala é apoiada por Kerolay Chaves, criadora de conteúdo em outra plataforma +18, a Privacy, concorrente brasileira do OnlyFans.

"Minha familia é bem tranquila em relação ao meu trabalho, porque eles entendem que o que eu faço é uma escolha somente minha e que, eu estar bem com isso é o mais importante. Cada um tem suas escolhas e a questão é respeitá-las", comenta ela .

A influencer revela que o seu maior rendimento é a criação de conteúdo adulto na Privacy, OnlyFans e até Telegram, além de lucros oriundos de investimentos na bolsa de valores e no mercado imobiliário. "É complicado falar de valores, mas o que posso dizer é que, fora as outras plataformas, só com a Privacy, eu faturo no mínimo seis dígitos por mês".

Kerolay conta que criou um perfil na plataforma depois de pedidos de seguidores. Mas no começo, ainda não mostrava o rosto por medo de ser reconhecida. Já em relação aos conteúdos que oferece, ela diz: "Como eu sou bissexual, solteira e não monogâmica, eu gravo de tudo: fotos, vídeos e lives , sozinha ou com homens e mulheres".

Casal fatura alto vendendo conteúdo adulto

Não são somente pessoas solteiras que criam conteúdos +18 em sites adultos de assinatura. O casal Arlequina e Thor, que prefere se identificar pelos apelidos, começou oferecendo conteúdo erótico gratuitamente em um site, mas acabou expulso de lá depois de ter criado uma conta em outra plataforma.

"Então, começamos a vender o que antes disponibilizávamos de graça", conta Arlequina. O canal escolhido por eles foi o Buupe, outro serviço 100% brasileiro. "Eu tenho um pouco de preguiça para fazer e vender, mas o meu marido é incansável, não para nunca. Sempre mostramos nosso rosto, assim, os fofoqueiros de plantão não têm o que falar", revela ela.

Os dois vendem fotos explícitas e até vídeos de sexo entre eles e com outros homens e mulheres. Cobram a partir de R$ 29,90, no caso da assinatura básica, a R$ 1 mil, no caso de vídeos exclusivos. O Buupe é a única fonte de renda de Arlequina, enquanto Thor tem mais outros dois rendimentos. "Digamos que dá tranquilamente para viver de conteúdo para adultos, mas o trabalho é diário e bem puxado", confessa a criadora de conteúdo.

Por trás da ilusão de dinheiro fácil, há uma rotina de trabalho intenso, a fim de atender as demandas dos assinantes, além do risco do vazamento indevido de imagens pessoais. Mas, pelo menos para Arlequina e Thor, isso não é um problema.

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** Gabrielle Gonçalves é repórter do iG Delas, editoria de Moda e Comportamento do Portal iG. Anteriormente, foi estagiária do Brasil Econômico, editoria de Economia. É jornalista em formação pela Universidade Estadual Paulista (Unesp).